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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

surgimento da sociologia

                                                  SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
     
         
                                         Resultado de imagem para imagens de Auguste comte   
           A humanidade sempre se preocupou com os fatos e as relações que são emanadas na vida social de seu grupo de pertencimento, porém taís reflexões sempre estiveram ancoradas em pensamentos religiosos e filosóficos, e somente a pouco mais de um século que essas reflexões começaram a utilizar métodos  característicos  de investigação científica. Dando origem a Sociologia propriamente dita.

           A palavra Sociologia tem sua raiz etimológica no latim e no grego, formando uma palavra hibrida, criada pelo Frances Auguste Comte em 1839, Comte queria juntar duas ideias a palavra “Socio”do latim que exprimi a ideia de “ social” e a palavra “ logos” do grego que exprimi a ideia de “estudo”, formando assim a partir de suas junções o termo “ Sociologia”, ou seja, o estudo do social, ou o estudo das relações sociais e por que não, o estudo da sociedade.

           Mas quando entendemos que a sociologia tem a função de estudar a sociedade, logo nos perguntamos: Qual sociedade? E por que somente agora? Muito bem! A justificativa para esta pergunta se dá no fato das transformações sociais ocorridas na humanidade a partir do século XIX. Antes destas transformações, as sociedades medievais tinham uma característica estática, sem grandes mudanças nas relações sociais entre seus membros, onde cada individuo possuía seu papel já definido na comunidade, e as possibilidades de mudança de “Status quo” eram praticamente nulos.
Essa forma de organização da sociedade medieval se estendeu de 450 a.C á aproximadamente 1450 d.C e de certa forma garantia a manutenção social do período, em outras palavras a perpetuação de privilégios e vantagens.

            Pois a sociedade medieval apresentava uma forma de estratificação social bem peculiar, que ficou conhecida como “Estamentos” nesta forma de divisão social, quem ficava no topo da pirâmide era o Rei, abaixo vinham à nobreza e o clero e posteriormente os camponeses, artesões e por último os escravos. A possibilidade de ascensão social de um individuo  neste período era quase  impossível,  pois o Rei e os nobres usavam ao seu favor a legalidade da hereditariedade, ou seja, só fazia parte da nobreza quem tivesse laços consanguíneos em comum, garantindo assim a continuidade do poder de uma determinada família.

            Já o Clero constituído pelos sacerdotes da Igreja Católica Apostólica Romana, era formado na sua maioria pelos filhos dos nobres que eram enviados aos mosteiros para receberem uma educação privilegiada, pois durante toda idade média quem detinha o monopólio da educação era a igreja.

             A sociedade medieval se manteve nesta forma estrutural de estamentos por praticamente 1.500 anos, por isso era considerada estática, sem grandes mudanças na sua  gênese, porém com as grandes navegações e a descoberta de novos mercados, o comércio se intensifica na Europa ( mesmo que na base de troca de mercadorias na forma de escambo), ocasionando um crescimento exponencial dos vilarejos, transformando-os em cidades, temos então um renascimento das cidades e novamente uma tendência das pessoas em viver nos centros-urbanos.


                                  CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


             Porém o fato marcante e decisivo que faz a ruptura por completa com a antiga forma de organização social que apresentava resquícios do feudalismo, foi a Revolução Industrial ocorrida em meados de 1789 na Inglaterra, marcando assim o inicio do século XIX.

              A Revolução Industrial é marcada pela invenção da máquina a vapor pelo escocês James Watt que descobriu uma maneira de utilizar o vapor gerado em um sistema de aquecimento, canalizando-o e transformando em força motriz rotacional, logo adaptou o sistema á todas as máquinas que necessitavam de movimentos rotacionais, que até o momento utilizavam tração animal.
As Indústrias começaram a florescer na Inglaterra, posteriormente França, Alemanha e demais países da Europa, ocasionando uma mudança brusca na forma de organização social, até então nunca experimentada pela humanidade.

              As mudanças começam com o êxodo rural, ou seja, as pessoas abandonando os campos e instalando-se próximo as fábricas a fim de conseguir emprego, este período também é marcado pelas mudanças nas relações de trabalho, onde agora o trabalhador vende a sua força de trabalho por um determinado salário.
             
              Como era de se esperar o aumento populacional em torno das fábricas acabavam gerando grandes vilarejos, sem infraestrutura adequada e nenhum saneamento básico compatível com a crescente  demanda populacional, ocasionando vários casos de pestes e epidemias, somando a este cenário a inexistência de leis trabalhistas, onde os trabalhadores cumpriam jornadas de 12 á 16 horas de trabalho diários nas fábricas, e se o mesmo ficasse invalido, simplesmente era demitido sem nenhuma indenização, todos estes fatores contribuíram para o aumento das mazelas sociais, aumento da prostituição, alcoolismo, infanticídio, suicídio e latrocínio .

               A humanidade se viu diante de fatos completamente novos nunca antes experimentados pela sociedade e não entendia o porquê de seus acontecimentos, em meio a este contexto surgem então alguns intelectuais pensadores, que dão inicio a uma serie de investigações, a fim de explicar e compreender as mudanças ocorridas no meio social, dando inicio ao surgimento da Sociologia.

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