SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
A humanidade sempre se preocupou com os fatos e as relações
que são emanadas na vida social de seu grupo de pertencimento, porém taís
reflexões sempre estiveram ancoradas em pensamentos religiosos e filosóficos, e
somente a pouco mais de um século que essas reflexões começaram a utilizar
métodos característicos de investigação científica. Dando origem a
Sociologia propriamente dita.
A palavra Sociologia tem sua raiz etimológica no latim e no
grego, formando uma palavra hibrida, criada pelo Frances Auguste Comte em 1839,
Comte queria juntar duas ideias a palavra “Socio”do latim que exprimi a ideia
de “ social” e a palavra “ logos” do grego que exprimi a ideia de “estudo”,
formando assim a partir de suas junções o termo “ Sociologia”, ou seja, o
estudo do social, ou o estudo das relações sociais e por que não, o estudo da
sociedade.
Mas quando entendemos que a sociologia tem a função de estudar
a sociedade, logo nos perguntamos: Qual sociedade? E por que somente agora?
Muito bem! A justificativa para esta pergunta se dá no fato das transformações
sociais ocorridas na humanidade a partir do século XIX. Antes destas
transformações, as sociedades medievais tinham uma característica estática, sem
grandes mudanças nas relações sociais entre seus membros, onde cada individuo
possuía seu papel já definido na comunidade, e as possibilidades de mudança de
“Status quo” eram praticamente nulos.
Essa forma de organização da sociedade medieval se estendeu
de 450 a.C á aproximadamente 1450 d.C e de certa forma garantia a manutenção
social do período, em outras palavras a perpetuação de privilégios e vantagens.
Pois a sociedade medieval apresentava uma forma de estratificação social bem peculiar, que ficou conhecida como “Estamentos” nesta forma de divisão social, quem ficava no topo da pirâmide era o Rei, abaixo vinham à nobreza e o clero e posteriormente os camponeses, artesões e por último os escravos. A possibilidade de ascensão social de um individuo neste período era quase impossível, pois o Rei e os nobres usavam ao seu favor a legalidade da hereditariedade, ou seja, só fazia parte da nobreza quem tivesse laços consanguíneos em comum, garantindo assim a continuidade do poder de uma determinada família.
Já o Clero constituído pelos sacerdotes da Igreja Católica Apostólica Romana, era formado na sua maioria pelos filhos dos nobres que eram enviados aos mosteiros para receberem uma educação privilegiada, pois durante toda idade média quem detinha o monopólio da educação era a igreja.
Pois a sociedade medieval apresentava uma forma de estratificação social bem peculiar, que ficou conhecida como “Estamentos” nesta forma de divisão social, quem ficava no topo da pirâmide era o Rei, abaixo vinham à nobreza e o clero e posteriormente os camponeses, artesões e por último os escravos. A possibilidade de ascensão social de um individuo neste período era quase impossível, pois o Rei e os nobres usavam ao seu favor a legalidade da hereditariedade, ou seja, só fazia parte da nobreza quem tivesse laços consanguíneos em comum, garantindo assim a continuidade do poder de uma determinada família.
Já o Clero constituído pelos sacerdotes da Igreja Católica Apostólica Romana, era formado na sua maioria pelos filhos dos nobres que eram enviados aos mosteiros para receberem uma educação privilegiada, pois durante toda idade média quem detinha o monopólio da educação era a igreja.
A sociedade medieval se manteve nesta forma estrutural de
estamentos por praticamente 1.500 anos, por isso era considerada estática, sem grandes
mudanças na sua gênese, porém com as
grandes navegações e a descoberta de novos mercados, o comércio se intensifica
na Europa ( mesmo que na base de troca de mercadorias na forma de escambo), ocasionando
um crescimento exponencial dos vilarejos, transformando-os em cidades, temos
então um renascimento das cidades e novamente uma tendência das pessoas em
viver nos centros-urbanos.
CONSEQUÊNCIAS
DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Porém o fato marcante e decisivo que faz a ruptura por
completa com a antiga forma de organização social que apresentava resquícios do
feudalismo, foi a Revolução Industrial ocorrida em meados de 1789 na
Inglaterra, marcando assim o inicio do século XIX.
A Revolução Industrial é marcada pela invenção da máquina a
vapor pelo escocês James Watt que descobriu uma maneira de utilizar o vapor
gerado em um sistema de aquecimento, canalizando-o e transformando em força
motriz rotacional, logo adaptou o sistema á todas as máquinas que necessitavam
de movimentos rotacionais, que até o momento utilizavam tração animal.
As Indústrias começaram a florescer na Inglaterra,
posteriormente França, Alemanha e demais países da Europa, ocasionando uma
mudança brusca na forma de organização social, até então nunca experimentada
pela humanidade.
As mudanças começam com o êxodo rural, ou seja, as pessoas abandonando os campos e instalando-se próximo as fábricas a fim de conseguir emprego, este período também é marcado pelas mudanças nas relações de trabalho, onde agora o trabalhador vende a sua força de trabalho por um determinado salário.
As mudanças começam com o êxodo rural, ou seja, as pessoas abandonando os campos e instalando-se próximo as fábricas a fim de conseguir emprego, este período também é marcado pelas mudanças nas relações de trabalho, onde agora o trabalhador vende a sua força de trabalho por um determinado salário.
Como era de se esperar o aumento populacional em torno das
fábricas acabavam gerando grandes vilarejos, sem infraestrutura adequada e
nenhum saneamento básico compatível com a crescente demanda populacional, ocasionando vários casos
de pestes e epidemias, somando a este cenário a inexistência de leis
trabalhistas, onde os trabalhadores cumpriam jornadas de 12 á 16 horas de
trabalho diários nas fábricas, e se o mesmo ficasse invalido, simplesmente era
demitido sem nenhuma indenização, todos estes fatores contribuíram para o
aumento das mazelas sociais, aumento da prostituição, alcoolismo, infanticídio,
suicídio e latrocínio .
A humanidade se viu diante de fatos completamente novos
nunca antes experimentados pela sociedade e não entendia o porquê de seus
acontecimentos, em meio a este contexto surgem então alguns intelectuais
pensadores, que dão inicio a uma serie de investigações, a fim de explicar e
compreender as mudanças ocorridas no meio social, dando inicio ao surgimento da
Sociologia.
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