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domingo, 27 de agosto de 2017

Tecnologias Mesopotâmia, Grécia e Roma



Evolução histórica

O nascimento da tecnologia não pode ser dissociado do próprio surgimento do homem no planeta. Setenta mil anos antes da era cristã, o homem de Neandertal já apresentava um grau de especialização que lhe permitia utilizar materiais encontrados (pedra, osso, madeira, couro etc.) para auxiliá-lo na sobrevivência. Depois de vários milênios de sociedades tribais dedicadas à caça, à pesca e à coleta de frutos, deu-se a primeira grande revolução tecnológica da história, no final da última glaciação, de 15.000 a 20.000 anos antes da era cristã. Às vezes chamada de revolução neolítica, essa fase marca a transição, ocorrida em algumas comunidades humanas mais favorecidas pela geografia e pelo clima, do nomadismo selvagem característico do longo período do paleolítico para um modo de vida mais estável, baseado na pecuária e na agricultura.
O homem do período neolítico conheceu uma série de transformações sociais e tecnológicas: aprendeu a domesticar animais, descobriu que as sementes silvestres podiam ser plantadas e que a irrigação era benéfica às áreas cultivadas. Desse período datam as culturas de trigo, milho, arroz e alguns tubérculos. A produção de excedentes de alimentos contribuiu para o desenvolvimento da armazenagem de grãos e da preparação de bebidas fermentadas, como a cerveja. Também começaram a surgir as técnicas da fiação, da tecelagem e da cerâmica.
A idade do bronze, iniciada em 4000 a.C. aproximadamente, foi prolífica em invenções e descobertas, o que possibilitou a reorganização econômica e social conhecida como revolução urbana. Entre suas contribuições tecnológicas de grande alcance destacam-se o uso do cobre e do bronze; a prática da fundição de metais; o emprego de veículos de roda; a invenção das embarcações a vela; e o florescimento da cerâmica e da fabricação de tijolos. A generalização da agricultura como meio de subsistência favoreceu a criação de cidades, nas quais se desenvolveram métodos de artesanato industrial, principalmente em cerâmica e técnicas básicas de metalurgia.

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Vales do Tigre-Eufrates e do Nilo

As primeiras grandes unidades de sociedade organizada no Velho Mundo surgiram nos vales do Tigre-Eufrates e do Nilo, áreas onde não apenas se gerou um notável potencial técnico como ocorreu sua síntese na revolução urbana. Surgiu assim uma nova forma de sociedade a que se pode chamar civilização.
Na Mesopotâmia, o rio formado pela confluência do Tigre-Eufrates corre para o golfo Pérsico e transporta ricos sedimentos que formam extensos depósitos aluviais. A área era sujeita a inundações periódicas, mas com o controle das águas e a drenagem permitia a produção de substancial quantidade de alimentos. As medidas destinadas ao controle das águas marcaram o início da engenharia civil. Região pobre em pedras e madeira, a Mesopotâmia tinha contudo amplas reservas de argila e cobre, materiais usados na construção de veículos de rodas e pequenos barcos que marcam a fundação da engenharia naval e da engenharia mecânica. A arquitetura originou-se da necessidade de construir grandes edifícios, como celeiros, oficinas, templos e muralhas defensivas.
Ao explorar os recursos de seu vale, o povo da Mesopotâmia construiu uma sociedade na qual os sacerdotes desempenhavam importante papel, tanto no desenvolvimento da economia quanto no da tecnologia. A organização da agricultura era, em grande parte, responsabilidade de engenheiros-sacerdotes, os quais também supervisionavam a edificação dos templos e das imensas estruturas piramidais que dominavam as cidades, os zigurates. Outros sacerdotes-técnicos orientavam oficinas de artesãos especializados, como padeiros, ferreiros, cervejeiros, fiandeiros, tecelões etc. Tanto instrumentos de trabalho quanto carruagens, barcos, arados e outros meios de produção constituíam propriedades do templo. A organização coletivista favoreceu a exploração racional da terra, a conservação de canais e sistemas de irrigação, e a produção de um excedente agrícola que foi destinado ao comércio.
Essa complexa sociedade inventou uma escrita e criou um sistema de pesos e medidas. Enquanto os agricultores precisavam de um calendário para aperfeiçoar o controle das colheitas, engenheiros necessitavam de métodos e instrumentos para projetar canais e sistemas de irrigação, templos e muralhas defensivas, bem como de uma matemática capaz de calcular áreas, volumes e ângulos. As três principais realizações tecnológicas dessa cultura foram os zigurates, as muralhas defensivas (que indicam a instabilidade política existente na região) e os extensos sistemas de irrigação e de controle das inundações, que constituíam o sustentáculo de uma economia agrícola.
Os antigos egípcios habitavam uma área diferente sob vários aspectos da região do Tigre-Eufrates, e por isso a tecnologia que criaram não apresenta muitos pontos de contato com a da Mesopotâmia. O vale do Nilo era mais estreito, e as águas do rio, que fluíam mansa e regularmente, não criavam grandes problemas de engenharia. As populações ribeirinhas limitavam-se a construir diques e bacias de irrigação para que as terras recebessem suas águas fertilizadoras. Por volta de 2000 a.C., os egípcios adicionaram um sistema de canais, represas e reservatórios que permitiu a irrigação de áreas não abrangidas pela bacia e tornaram possível a irrigação durante todo o ano.
As grandes realizações da tecnologia egípcia, como os processos de embalsamamento e a construção de pirâmides e tumbas, estão mais diretamente relacionadas às crenças religiosas, que aceitavam a ressurreição dos mortos, donde a necessidade de preservar os corpos, abrigando-os no interior de construções sólidas e monumentais. A economia egípcia se baseava na agricultura, mas a fertilidade do delta do Nilo desestimulou o desenvolvimento de uma tecnologia agrária de alto nível. Tão importantes quanto à química e a arquitetura, ligadas às crenças religiosas, foram as técnicas relacionadas às artes e o artesanato, particularmente no que diz respeito à produção de tecidos, móveis, objetos de metal e de cerâmica.

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                                                                  Egito Antigo


Grécia e Roma

Na antiguidade, a transmissão do conhecimento era feita de um artesão para outro através das rotas comerciais. Foi assim que as grandes inovações das duas principais civilizações, Egito e Mesopotâmia, chegaram ao leste europeu e se cristalizaram na florescente cultura grega.

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Na Grécia, embora se dispusesse de instrumentos de ferro e de vastos recursos naturais, o trabalho manual era socialmente desprezado. Ao contrário dos egípcios, os gregos não tinham idéias claras sobre a vida depois da morte e, portanto, não atribuíam muita importância aos túmulos. As principais realizações tecnológicas no domínio da engenharia grega foram templos, aquedutos e pequenas embarcações. Os gregos tinham uma tecnologia metalúrgica não muito avançada, praticavam a tecelagem e foram responsáveis por alguns inventos, como a prensa. Contribuíram para o desenvolvimento da engenharia naval militar, da matemática e da mecânica.
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                                                                    Embarcação Grega


Com a morte de Alexandre o Grande (no ano 323 a.C.) e o conseqüente colapso de seu império, diversos centros herdaram, pelo menos em parte, os conhecimentos da Grécia clássica. O mais importante desses centros, do ponto de vista tecnológico, foi Alexandria, cuja sociedade helenística floresceu entre os anos 300 a.C. e 300 da era cristã. Nesse período surgiram os primeiros grandes nomes da história da engenharia, como Arquimedes, Heron e Ctesibius de Alexandria, além de Fílon e Vitrúvio, que empregaram dispositivos mecânicos como o parafuso, a alavanca e a polia. Os engenheiros de Alexandria usaram também equipamentos mecânicos para elevar água, inventaram a bomba d’água e outros dispositivos complexos que já podem ser considerados como máquinas.

A organização política, econômica e social de Roma conduziu a um tipo particular de tecnologia, a ela adequado. Essencialmente utilitário, o povo romano não se preocupou em erigir grandes templos, túmulos monumentais ou muralhas defensivas; ao contrário, usou seus recursos tecnológicos para construir palácios, banhos públicos, anfiteatros, celeiros, pontes, estradas, aquedutos e canais de dragagem. A engenharia foi a ciência que mais se desenvolveu no Império Romano, que, com grande extensão territorial e numeroso contingente demográfico, tinha necessidade de complexa rede de estradas, aquedutos e edifícios públicos.

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                                                             Aqueduto Romano

No plano das edificações, os romanos introduziram o uso do arco, da abóbada e da cúpula. Outros empreendimentos foram os faróis, os portos, o abastecimento domiciliar de água e os sistemas de aquecimento para banhos.
Fonte: Wikipédia


Atividades:
1. Quais as principais mudanças sociais e tecnológicas ocorreram com o homem do período paleolítico para o neolítico?
2. Onde surgiram as primeiras civilizações?
3. Quais fatos marcaram o inicio da engenharia civil na Mesopotâmia?
4. Qual foi o papel dos sacerdotes nas primeiras cidades da humanidade?
5. Quais foram às três principais realizações tecnológicas da cultura mesopotâmica?
6. A economia egípcia se baseava na __________________, mas a _______________ do delta do Nilo desestimulou o desenvolvimento de uma tecnologia agrária de alto nível.
7. Quais foram às grandes realizações da tecnologia egípcia?
8. Como as grandes inovações das duas principais civilizações, Egito e Mesopotâmia, chegaram ao leste europeu e se cristalizaram na florescente cultura grega?
9. As principais realizações tecnológicas no domínio da engenharia grega foram ____________, _____________________ e pequenas _____________________.
10. Qual foi a importância da cidade de Alexandria para o conhecimento antigo?
11. A organização política, econômica e social de Roma conduziu a um tipo particular de tecnologia, a ela adequado, usou seus recursos tecnológicos para construir: 
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12. Descreva os feitos de engenharia civil dos Romanos:
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sábado, 26 de agosto de 2017

A escrita

                                                                        A Escrita

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A escrita consiste na utilização de sinais (símbolos) para exprimir as ideias humanas. A grafia é uma tecnologia de comunicação, historicamente criada e desenvolvida na sociedade humana, e basicamente consiste em registrar marcas em um suporte. O(s) instrumento(s) usados para se escrever e os suportes em que ela é registrada podem, em princípio, ser infinitos. Embora, tradicionalmente, conceba-se que a escrita tem durabilidade enquanto a fala seria mais "volátil", os instrumentos, suportes, formas de circulação, bem como a função comunicativa do texto escrito, são determinantes para sua durabilidade ou não.

Como meio de representação, a escrita é uma codificação sistemática de sinais gráficos que permite registrar com grande precisão a linguagem falada por meio de sinais visuais regularmente dispostos; óbvia exceção a esta regra é a bastante moderna escrita Braille, cujos sinais são táteis. A escrita se diferencia dos pictogramas em que estes não só têm uma estrutura sequencial linear evidente. Existem dois principais tipos de escrita, a baseada em ideogramas, que representa conceitos, e a baseada em grafemas, que representam a percepção de sons ou grupos de sons; um tipo de escrita baseada em grafemas é a alfabética.

                    
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As escritas hieroglíficas são as mais antigas das escritas propriamente ditas (por exemplo; a escrita cuneiforme foi primeiramente hieroglífica até que certos hieróglifos obtiveram um valor fonético) e se observam como uma transição entre os pictogramas e os ideogramas. Nos tempos modernos a escrita hieroglífica tem sido deixada de lado, existindo então atualmente dois conjuntos de escritas principais: as baseadas em grafemas (isto é, escritas cujos sinais representam a percepção de sons) e escritas ideogrâmicas (isto é, escritas cujos sinais representam conceitos, "ideias").

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Do primeiro conjunto, o das escritas grafêmicas destacam, segundo a extensão atual de seu uso, as escritas românicas (baseadas no alfabeto latino), arábicas (baseadas no alfabeto arábico), cirílicas, hebraicas (baseadas no alfabeto hebraico), helênicas (baseadas no alfabeto grego), hindus (geralmente baseadas no devanagari) e e em menor medida as escritas alfabéticas armênias, etiópicas (abugidas baseadas no ghez), coreanas, georgianas, birmaneses, coptas etc. As escrituras glagolíticas e gótica têm caído em desuso.

                                               
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Fonte: Wikipédia


Origem do cobre


                                                                    O Cobre

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O cobre foi provavelmente o primeiro metal minerado e trabalhado pelo homem. Foi originalmente obtido como um mineral nativo e posteriormente da fundição de minérios. Estimativas iniciais da descoberta do cobre sugerem por volta de 9000 a.C. no Oriente Médio. Foi o mais importante dos materiais da humanidade durante a Era do Cobre e Bronze. Objetos de cobre de 6000 a.C. foram encontrados em Çatal Höyük, Anatolia. Em 5000 a.C. já se realizava a fusão e refinação do cobre a partir de óxidos como a malaquita e azurita. Os primeiros indícios de utilização do ouro não foram vislumbrados até 4000 a.C. Descobriram-se moedas, armas, utensílios domésticos sumérios de cobre e bronze de 3000 a.C., assim como egípcios da mesma época, inclusive tubos de cobre. Os egípcios também descobriram que a adição de pequenas quantidades de estanho facilitava a fusão do metal e aperfeiçoaram os métodos de obtenção do bronze; ao observarem a durabilidade do material representaram o cobre com o Ankh, símbolo da vida eterna.

Na antiga China o uso do cobre é conhecido desde, pelo menos, 2000 anos antes da nossa era, e em 1200 a.C. já fabricavam-se bronzes de excelente qualidade estabelecendo um manifesto domínio na metalurgia sem comparação com a do Ocidente. Na Europa o homem de gelo encontrado no Tirol (Itália) em 1991, cujos restos têm uma idade de 5300 anos, estava acompanhado de um machado de cobre com uma pureza de 99,7%, e os elevados índices de arsênico encontrados em seu cabelo levam a supor que fundiu o metal para a fabricação da ferramenta.

O cobre é um metal de transição avermelhado, que apresenta alta condutibilidade elétrica e térmica, só superada pela da prata. É possível que o cobre tenha sido o metal mais antigo a ser utilizado, pois se têm encontrado objetos de cobre de 8700 a.C. Pode ser encontrado em diversos minerais e pode ser encontrado nativo, na forma metálica, em alguns lugares. Fenícios importaram o cobre da Grécia, não tardando em explorar as minas do seu território, como atestam os nomes das cidades Calce, Calcis e Calcitis (de χαλκος, bronze), ainda que tenha sido Chipre, a meio caminho entre Grécia e Egito, por muito tempo o país do cobre por excelência, ao ponto de os romanos chamarem o metal de aes cyprium ou simplesmente cyprium e cuprum, donde provém o seu nome




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Fonte: Wikipédia

Máquina de tecelagem


                                     
                                     Máquina de tecelagem do francês, Joseph Marie


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Foi em 1801 que a tecnologia sofreu novo salto ainda dentro da mecânica. Surge a primeira máquina programável. O mecânico francês, Joseph Marie Jacquard, criou um dispositivo capaz de seguir instruções através de cartões perfurados. Este equipamento era programado para confeccionar padrões de tecidos complexos.
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                                                               Joseph Marie Jacquard,



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Fonte: Wikipédia

Tecnologias utilizadas para cálculos

                                         
                                                                   O Ábaco

A primeira ferramenta desenvolvida para processar informação que a história tem noticias data de 3.000 anos antes do nascimento de cristo, conhecida como ÁBACO, esta ferramenta é o marco do inicio tecnológico. O Ábaco é uma calculadora manual composta por um conjunto de varetas que permitem o deslizar de peças no formato de argolas onde dependendo do posicionamento de cada argola é possível efetuar cálculos. Com um pouco de prática o usuário desta ferramenta consegue efetuar calculo de uma forma muito rápida.


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                                                            imagem de Ábaco de bronze

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                                                              imagem de Ábaco de madeira

Tecnologias Chinesas


                                       China Antiga

                 Imagem relacionada

Segundo o investigador Joseph Needham, os chineses foram pioneiros em muitas descobertas e desenvolvimentos. Os principais contributos tecnológicos da China incluem os detectores de sismos, fósforos, papel, o ferro fundido, o arado de ferro, o carro de mão, a ponte suspensa, o paraquedas, o gás natural como combustível, a bússola, a hélice, a besta, e a pólvora.

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                                                            imagem de detector de sismos chines

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                                                                     imagem de ponte suspensa.

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                                                     imagem de bússola chinesa









fonte: Wikipédia

História das tecnologias


                                                     HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS



História das tecnologias- conceitos

A história da tecnologia é a história das ferramentas e das técnicas úteis para fazer coisas práticas. Relaciona-se intimamente com a história da ciência, que inclui a maneira como os seres humanos adquiriram o conhecimento básico necessário para construir coisas úteis.
Os esforços científicos, especialmente nos tempos modernos, dependeram em regra de tecnologias específicas que permitiram aos seres humanos sondar a natureza do universo, de forma mais precisa do que é permitida pelos nossos sentidos.
Os artefatos tecnológicos são produtos de uma economia, são uma força para o crescimento econômico e constituem uma parte importante da nossa vida cotidiana.
As inovações tecnológicas afetam e são afetadas pelas tradições culturais de uma sociedade. Elas são igualmente uma forma de desenvolver e projetar o poderio militar.

Pré – história das tecnologias

Tecnologias primitivas 

Fogo, usado desde o paleolítico, possivelmente pelo homo erectus há 800.000 anos.
Ferramentas de pedra, criadas possivelmente há 100.000 anos.
Arco, funda, 9.000 a.C.
Cobre, 8.000 a.C.
Agricultura, 8.000 a.C.
Roda, 4.000 a.C.
A roda foi inventada em 4000 a.C., e tornou-se uma das tecnologias mais famosas e úteis do mundo.
Escrita. 3.500 a.C.
Bronze, 3.300 a.C.
Ferro, 1.500 a.C.
Catapulta, 399a.C.
Ferradura, 300 a.C.

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                         Exemplo de tecnologia primitiva. 






Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Ética



                                                                      Ética


     Ética, vem do grego ethos e significa caráter, comportamento. O estudo da ética é centrado na sociedade e no comportamento humano. As reflexões sobre esse tema começaram na antiguidade, os filósofos mais famosos, como Demócrito e Aristóteles, falaram sobre a ética como meio de alcançar a felicidade.

Com a introdução do cristianismo como religião oficial no ocidente, a ética passou a ser interpretada a partir dos mandamentos documentados nas leis sagradas.

O pensamento ético busca julgar o comportamento humano, dizendo o que é certo e errado, justo e injusto. A busca pela ética se traduz pelas escolhas que o homem faz. As opções certas leva-nos à um caminho de virtude, verdade e às relações justas.

O estudo da ética não é só explorado pela filosofia, mas diversos profissionais se dedicam a ela (sociólogos, antropólogos, psicólogos, biólogos, médicos, jornalistas, economistas etc.) principalmente pelo fato de cada área ter um código para delimitar as ações daquela profissão.

A função do pensamento ético, portanto, é manter a ordem social. Embora não mantenha relação direta com a lei propriamente dita, a ética é construída ao longo da história, galgada nos valores e princípios morais de determinada sociedade. Os códigos éticos visam proteger a sociedade das injustiças e do desrespeito em qualquer esfera social, seja no ambiente familiar ou profissional.

Diferença entre Ética e Moral

Etimologicamente, moral tem o mesmo significado de ética, com a diferença de que é derivada da palavra latina mores. Porém, cada uma dessas palavras significa algo dentro do mesmo tema. Pela diferença ser bastante sutil pode confundir a muitos. Confira abaixo o conceito de cada uma dessas palavras.

Moral: trata-se da consciência adquirida pelo homem a partir do momento histórico em que ele começa a viver em sociedade. É todo ensinamento das normas sociais que regulam o comportamento humano, e que são adquiridos pela tradição e educação do dia-a-dia. Ou seja, a moral é um conjunto de regras coletivas que facilitam o convívio, é mutuamente aceito e intrínseco ao homem social.

Ética: trata-se do comportamento individual em relação a sociedade, o que garante o bem-estar social. Ela define como o homem deve comportar-se diante do meio social


sábado, 12 de agosto de 2017

Renascimento das cidades


                               Principais mudanças sociais ocorridas a partir do século XII.






        O Renascimento do século XII consistiu num conjunto de transformações culturais, políticas, sociais, e econômicas ocorridas nos povos da Europa ocidental. Nessa época ocorreram eventos de grande repercussão: a renovação da vida urbana, após um longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros; o movimento das Cruzadas, a restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social (os burgueses) e, sobre tudo, o renascimento cultural com um forte matiz científico-filosófico, que preparou o caminho para o renascimento italiano, eminentemente literário e artístico.

       Nos séculos XI e XII, começaram a ocorrer várias mudanças sociais, políticas e econômicas. Evoluções técnicas possibilitaram o cultivo de novas terras e aumentaram a diversidade dos produtos agrícolas, que sustentaram uma população que cresceu rapidamente. O crescimento populacional e o aumento da produtividade agrícola permitiram um fortalecimento da vida urbana. As cidades cresceram e tornaram-se centros de comércio e artesanato, abandonando a sua dependência agrária, em torno dos castelos e dos mosteiros. Muitas cidades européias, chamadas de burgos, acabaram por tornar-se livres das relações servis e do domínio dos nobres (senhores feudais) se transformando em ilhas de capitalismo em um continente feudal. O comércio estava em franca expansão e se impôs como uma das atividades econômicas mais determinantes da sociedade. Surgiu um novo grupo social: os burgueses (habitantes dos burgos), dedicados essencialmente ao comércio. Por motivos políticos, os "burgueses" recebiam Frequentemente o apoio dos reis, que muitas vezes estavam em conflito com os outros nobres senhores feudais. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno.
       Com o restabelecimento do comércio com o Oriente Próximo e o desenvolvimento das cidades, começaram a ser minadas as bases da organização feudal. Na medida em que aumentou a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana, elevou-se o preço dessas mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de sua liberdade. Ao mesmo tempo, a expansão do comércio e da indústria criou novas oportunidades de trabalho, atraindo os servos para as cidades. Esses acontecimentos, aliados à formação dos exércitos profissionais e à insurreição camponesa, contribuíram depois para o declínio do feudalismo europeu, que viveu seu auge nesse período prévio ao renascimento.


O renascimento comercial

O renascimento comercial na Idade Média beneficiou principalmente as cidades italianas, alguns dos motivos foram:
Localização geográfica favorável (mar Mediterrâneo);
Fortalecimento das ligações comerciais com o Oriente, durante a Quarta Cruzada, onde se obteve o direito à distribuição de mercadorias orientais pelo continente europeu.
Na Europa Setentrional, o comércio ampliou-se na região dos mares Báltico e do Norte, destacando-se a região de Flandres, devido a sua produção de lã.
As regiões norte e sul da Europa foram interligadas por rotas terrestres e fluviais criadas pelas atividades comerciais. As feiras eram os locais de compra e venda de produtos dos negociantes. Até o século XIV, as feiras mais importantes eram na região de Champanhe, França.
Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida às atividades bancárias. Com isso a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surgiu, os mercadores ou comerciantes.
     As cidades assumiam papéis diversificados durante o passar dos tempos. Na época do feudalismo, as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares além de serem ligadas ao feudo. O crescimento delas só começou a surgir quando o comércio se expandiu.
     Na época do feudalismo, o senhor feudal tinha controle tanto no campo como na cidade. Não havia distinção de cidade e campo. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado burgo. Mas com o aumento da população os burgos ultrapassaram os limites das muralhas. Então os habitantes dos burgos passaram a ser os comerciantes e artesãos, também chamados de burgueses. Com o progresso do comércio e do artesanato, o crescimento social da burguesia também foi notado. Estes eram homens livres de laços com senhores feudais.
    Mas, a partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer e os burgueses aparecerem, a situação mudou. Porque agora as cidades tinham ganho prestígio econômico e poder e os burgueses, começaram a buscar sua autonomia em relação ao feudo. Esse movimento de independência das cidades em relação ao feudo é chamado de movimento comunal.
    Esse movimento serviu de base para o processo de emancipação de algumas cidades. Poderia ocorrer por duas maneiras: ou era por via pacífica , pagando-se ao senhor feudal; ou pelo uso das armas, através de combate. Se fosse por este meio, havia a união de reis e burgueses, onde as tropas serviam de instrumento de intimidação para os nobres aceitarem a liberdade dos burgos. Esse movimento foi do século XI ao século XIII.



Fatores que contribuíram para o renascimento comercial
O esgotamento das terras: com o esgotamento de terras férteis, muitos camponeses se viram sem alternativa de trabalho ou emprego. Por isso o comércio foi uma opção achada por eles para a entrada nas atividades comerciais.
As Cruzadas: ajudaram a expandir as atividades comerciais, pelo menos por três motivos: os cruzados não eram os únicos a irem as expedições cruzadistas, os viajantes mercadores iam juntos, e assim serviam como abastecedores dos peregrinos com seus produtos.
O contato com o Oriente: esse contato fez nascer o gosto pelos artigos luxuosos, nos ocidentais, o qual fez ampliar largamente o consumo destes artigos na Europa.
O enriquecimento dos nobres: estes iam para as Cruzadas, aumentando a riqueza em circulação.


Renascimento urbano

      As cidades assumiam papéis diversificados durante o passar dos tempos. Na época do feudalismo, as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares além de serem ligadas ao feudo. O crescimento delas só começou a surgir quando o comércio se expandiu.
      Na época do feudalismo, o senhor feudal tinha controle tanto no campo como na cidade. Não havia distinção de cidade e campo. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado burgo. Mas com o aumento da população os burgos ultrapassaram os limites das muralhas. Então os habitantes dos burgos passaram a ser os comerciantes e artesãos, também chamados de burgueses. Com o progresso do comércio e do artesanato, o crescimento social da burguesia também foi notado. Estes eram homens livres de laços com senhores feudais.
     Mas, a partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer e os burgueses aparecerem, a situação mudou. Porque agora as cidades tinham ganho prestígio econômico e poder e os burgueses, começaram a buscar sua autonomia em relação ao feudo. Esse movimento de independência das cidades em relação ao feudo é chamado de movimento comunal.
    Esse movimento serviu de base para o processo de emancipação de algumas cidades. Poderia ocorrer por duas maneiras: ou era por via pacífica , pagando-se ao senhor feudal; ou pelo uso das armas, através de combate. Se fosse por este meio, havia a união de reis e burgueses, onde as tropas serviam de instrumento de intimidação para os nobres aceitarem a liberdade dos burgos. Esse movimento foi do século XI ao século XIII.
    As cidades independentes (as comunas), começaram a planejar uma forma de governo - com direito a prefeitos e magistrados - que se encarregavam de administrar e defender tanto as cidades como seus interesses, os burgueses de maior riqueza e poder ocupavam os principais cargos, elaboravam leis, criavam tributos, controlavam os impostos para fazer e manter a construção de obras e claro tinham política própria.
    Com todos esses atrativos, as cidades passaram a ser um chamariz para os servos do campo se mudarem para a cidade. Elas passaram a ser encaradas como locais de segurança e liberdade para os que quisessem sair do poder do senhor feudal, embora se comprove que muitos dos camponeses que mudavam do campo para a cidade levavam uma vida difícil, visto que eram considerados trabalhadores desqualificados e ainda mal remunerados.


Renascimento cultural

Um forte movimento de tradução de textos gregos e árabes marca o fortalecimento da intelectualidade européia.
    O desenvolvimento de rotas entre os diversos povos reduziram as distâncias, facilitando não só o comércio de bens físicos, como também a troca de ideias entre os países. Nesse ambiente receptivo, começam a ser abertas novas escolas ao longo de todo o continente, inclusive em cidades e VILAS  menores.
    No campo intelectual, as mudanças são também fruto do contacto com o mundo oriental e árabe através das Cruzadas e do movimento de Reconquista da península Ibérica. Na altura, o mundo islâmico encontrava-se bastante avançado em termos intelectuais e científicos. Os autores árabes tinham mantido durante muito tempo um contacto regular com as obras clássicas gregas (Aristóteles, por exemplo), tendo feito um trabalho de tradução que se tornaria valioso para os povos ocidentais, já que por este meio voltaram a entrar em contacto com as suas raízes eruditas entretanto "esquecidas". De facto, seja em Espanha (Toledo), seja no sul de Itália, os tradutores europeus produziram um espólio considerável de traduções que permitiram avanços importantes em conhecimentos como a astronomia, a matemática, a biologia e a medicina, e que se tornariam o gérmen da evolução intelectual européia dos séculos seguintes.

      Por volta de 1150, são fundadas as primeiras universidades medievais –Bolonha (1088), Paris (1150) e Oxford (1167) — em 1500 já seriam mais de setenta. Esse foi efetivamente o ponto de partida para o modelo actual de universidade. Algumas dessas instituições recebiam da Igreja ou de reis o título de Studium Generale; e eram consideradas os locais de ensino mais prestigiados da Europa, seus acadêmicos eram encorajados a partilhar documentos e dar cursos em outros institutos por todo o continente.
    Tratando-se não apenas de instituições de ensino, as universidades medievais eram também locais de pesquisa e produção do saber, além de focos de vigorosos debates e muitas polêmicas. Isso também ficou claro nas crises em que estas instituições estiveram envolvidas e pelas intervenções que sofreram do poder real e eclesiástico. A filosofia natural estudada nas faculdades de Arte dessas instituições tratava do estudo objetivo da natureza e do universo físico. Esse era um campo independente e separado da teologia; entendido como uma área de estudo essencial em si mesma, bem como um fundamento para a obtenção de outros saberes.
     Outro fator importante para o florescimento intelectual do período foi a atividade cultural das novas ordens mendicantes: especialmente os dominicanos e os franciscanos. Ao contrário de ordens monásticas, voltadas para a vida contemplativa nos mosteiros, essas novas ordens eram dedicadas à convivência no mundo leigo e procuravam defender a fé cristã pela pregação e pelo uso da razão. A integração dessas ordens nas universidades medievais proporcionava a infra-estrutura necessária para a existência de comunidades científicas e iria gerar muitos frutos para o estudo da natureza, especialmente com a famosa escola Franciscana de Oxford.
     O influxo de textos gregos, as ordens mendicantes e a multiplicação das universidades iriam agir conjuntamente nesse novo mundo que se alimentava do turbilhão das cidades em crescimento. Em 1200 já havia traduções latinas razoavelmente precisas dos principais trabalhos dos autores antigos mais cruciais para a filosofia: Aristóteles, Platão, Euclides, Ptolomeu,Arquimedes e Galeno. Nessa altura a filosofia natural (e.g. ciência) contida nesses textos começou a ser trabalhada e desenvolvida por intelectuais notáveis do escolasticismo. Alguns dos nomes mais importantes do período são: Robert Grosseteste, Roger Bacon, Alberto Magno, Tomás de Aquino, Duns Scot, William de Ockham, Jean Buridan e Nicole d'Oresme. Eles geraram novas tendências para uma abordagem mais concreta e empírica da natureza, representando um prelúdio do pensamento moderno.

Tecnologia

     O mesmo ciclo de prosperidade que impulsionou a produção cultural traz também grande impacto na área da técnica. O renascimento do século XII e o período que se segue a ele também já foi chamado de a Revolução Industrial da Idade Média, pelo aumento radical no número de invenções e importação de tecnologias.
     Ocorreram muitas inovações na forma de utilizar os meios tradicionais de produção. No setor agrícola, por exemplo, foi essencial a redescoberta de ferramentas como a charrua, o peitoral, o uso de ferraduras, e a utilização de moinhos d'água. Na arquitetura, surgiram o estilo gótico, que foi possibilitado por diversos avanços nas técnicas que foram aplicadas à construção das catedrais. Presenciaram-se descobertas como as dos óculos no século XIII, da prensa móvel no século XV, o aperfeiçoamento da tecnologia da pólvora (descoberta na China) e a invenção dos relógios mecânicos, que se espalharam nos ambientes urbanos e transformaram a noção de tempo daquelas sociedades. Muito importantes foram também avanços em instrumentos como a bússola e o astrolábio, que, somados às mudanças na confecção de mapas e à invenção das caravelas, tornaram possível a expansão marítimo-comercial européia do início da Idade Moderna.