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domingo, 27 de agosto de 2017

Tecnologias Mesopotâmia, Grécia e Roma



Evolução histórica

O nascimento da tecnologia não pode ser dissociado do próprio surgimento do homem no planeta. Setenta mil anos antes da era cristã, o homem de Neandertal já apresentava um grau de especialização que lhe permitia utilizar materiais encontrados (pedra, osso, madeira, couro etc.) para auxiliá-lo na sobrevivência. Depois de vários milênios de sociedades tribais dedicadas à caça, à pesca e à coleta de frutos, deu-se a primeira grande revolução tecnológica da história, no final da última glaciação, de 15.000 a 20.000 anos antes da era cristã. Às vezes chamada de revolução neolítica, essa fase marca a transição, ocorrida em algumas comunidades humanas mais favorecidas pela geografia e pelo clima, do nomadismo selvagem característico do longo período do paleolítico para um modo de vida mais estável, baseado na pecuária e na agricultura.
O homem do período neolítico conheceu uma série de transformações sociais e tecnológicas: aprendeu a domesticar animais, descobriu que as sementes silvestres podiam ser plantadas e que a irrigação era benéfica às áreas cultivadas. Desse período datam as culturas de trigo, milho, arroz e alguns tubérculos. A produção de excedentes de alimentos contribuiu para o desenvolvimento da armazenagem de grãos e da preparação de bebidas fermentadas, como a cerveja. Também começaram a surgir as técnicas da fiação, da tecelagem e da cerâmica.
A idade do bronze, iniciada em 4000 a.C. aproximadamente, foi prolífica em invenções e descobertas, o que possibilitou a reorganização econômica e social conhecida como revolução urbana. Entre suas contribuições tecnológicas de grande alcance destacam-se o uso do cobre e do bronze; a prática da fundição de metais; o emprego de veículos de roda; a invenção das embarcações a vela; e o florescimento da cerâmica e da fabricação de tijolos. A generalização da agricultura como meio de subsistência favoreceu a criação de cidades, nas quais se desenvolveram métodos de artesanato industrial, principalmente em cerâmica e técnicas básicas de metalurgia.

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Vales do Tigre-Eufrates e do Nilo

As primeiras grandes unidades de sociedade organizada no Velho Mundo surgiram nos vales do Tigre-Eufrates e do Nilo, áreas onde não apenas se gerou um notável potencial técnico como ocorreu sua síntese na revolução urbana. Surgiu assim uma nova forma de sociedade a que se pode chamar civilização.
Na Mesopotâmia, o rio formado pela confluência do Tigre-Eufrates corre para o golfo Pérsico e transporta ricos sedimentos que formam extensos depósitos aluviais. A área era sujeita a inundações periódicas, mas com o controle das águas e a drenagem permitia a produção de substancial quantidade de alimentos. As medidas destinadas ao controle das águas marcaram o início da engenharia civil. Região pobre em pedras e madeira, a Mesopotâmia tinha contudo amplas reservas de argila e cobre, materiais usados na construção de veículos de rodas e pequenos barcos que marcam a fundação da engenharia naval e da engenharia mecânica. A arquitetura originou-se da necessidade de construir grandes edifícios, como celeiros, oficinas, templos e muralhas defensivas.
Ao explorar os recursos de seu vale, o povo da Mesopotâmia construiu uma sociedade na qual os sacerdotes desempenhavam importante papel, tanto no desenvolvimento da economia quanto no da tecnologia. A organização da agricultura era, em grande parte, responsabilidade de engenheiros-sacerdotes, os quais também supervisionavam a edificação dos templos e das imensas estruturas piramidais que dominavam as cidades, os zigurates. Outros sacerdotes-técnicos orientavam oficinas de artesãos especializados, como padeiros, ferreiros, cervejeiros, fiandeiros, tecelões etc. Tanto instrumentos de trabalho quanto carruagens, barcos, arados e outros meios de produção constituíam propriedades do templo. A organização coletivista favoreceu a exploração racional da terra, a conservação de canais e sistemas de irrigação, e a produção de um excedente agrícola que foi destinado ao comércio.
Essa complexa sociedade inventou uma escrita e criou um sistema de pesos e medidas. Enquanto os agricultores precisavam de um calendário para aperfeiçoar o controle das colheitas, engenheiros necessitavam de métodos e instrumentos para projetar canais e sistemas de irrigação, templos e muralhas defensivas, bem como de uma matemática capaz de calcular áreas, volumes e ângulos. As três principais realizações tecnológicas dessa cultura foram os zigurates, as muralhas defensivas (que indicam a instabilidade política existente na região) e os extensos sistemas de irrigação e de controle das inundações, que constituíam o sustentáculo de uma economia agrícola.
Os antigos egípcios habitavam uma área diferente sob vários aspectos da região do Tigre-Eufrates, e por isso a tecnologia que criaram não apresenta muitos pontos de contato com a da Mesopotâmia. O vale do Nilo era mais estreito, e as águas do rio, que fluíam mansa e regularmente, não criavam grandes problemas de engenharia. As populações ribeirinhas limitavam-se a construir diques e bacias de irrigação para que as terras recebessem suas águas fertilizadoras. Por volta de 2000 a.C., os egípcios adicionaram um sistema de canais, represas e reservatórios que permitiu a irrigação de áreas não abrangidas pela bacia e tornaram possível a irrigação durante todo o ano.
As grandes realizações da tecnologia egípcia, como os processos de embalsamamento e a construção de pirâmides e tumbas, estão mais diretamente relacionadas às crenças religiosas, que aceitavam a ressurreição dos mortos, donde a necessidade de preservar os corpos, abrigando-os no interior de construções sólidas e monumentais. A economia egípcia se baseava na agricultura, mas a fertilidade do delta do Nilo desestimulou o desenvolvimento de uma tecnologia agrária de alto nível. Tão importantes quanto à química e a arquitetura, ligadas às crenças religiosas, foram as técnicas relacionadas às artes e o artesanato, particularmente no que diz respeito à produção de tecidos, móveis, objetos de metal e de cerâmica.

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                                                                  Egito Antigo


Grécia e Roma

Na antiguidade, a transmissão do conhecimento era feita de um artesão para outro através das rotas comerciais. Foi assim que as grandes inovações das duas principais civilizações, Egito e Mesopotâmia, chegaram ao leste europeu e se cristalizaram na florescente cultura grega.

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Na Grécia, embora se dispusesse de instrumentos de ferro e de vastos recursos naturais, o trabalho manual era socialmente desprezado. Ao contrário dos egípcios, os gregos não tinham idéias claras sobre a vida depois da morte e, portanto, não atribuíam muita importância aos túmulos. As principais realizações tecnológicas no domínio da engenharia grega foram templos, aquedutos e pequenas embarcações. Os gregos tinham uma tecnologia metalúrgica não muito avançada, praticavam a tecelagem e foram responsáveis por alguns inventos, como a prensa. Contribuíram para o desenvolvimento da engenharia naval militar, da matemática e da mecânica.
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                                                                    Embarcação Grega


Com a morte de Alexandre o Grande (no ano 323 a.C.) e o conseqüente colapso de seu império, diversos centros herdaram, pelo menos em parte, os conhecimentos da Grécia clássica. O mais importante desses centros, do ponto de vista tecnológico, foi Alexandria, cuja sociedade helenística floresceu entre os anos 300 a.C. e 300 da era cristã. Nesse período surgiram os primeiros grandes nomes da história da engenharia, como Arquimedes, Heron e Ctesibius de Alexandria, além de Fílon e Vitrúvio, que empregaram dispositivos mecânicos como o parafuso, a alavanca e a polia. Os engenheiros de Alexandria usaram também equipamentos mecânicos para elevar água, inventaram a bomba d’água e outros dispositivos complexos que já podem ser considerados como máquinas.

A organização política, econômica e social de Roma conduziu a um tipo particular de tecnologia, a ela adequado. Essencialmente utilitário, o povo romano não se preocupou em erigir grandes templos, túmulos monumentais ou muralhas defensivas; ao contrário, usou seus recursos tecnológicos para construir palácios, banhos públicos, anfiteatros, celeiros, pontes, estradas, aquedutos e canais de dragagem. A engenharia foi a ciência que mais se desenvolveu no Império Romano, que, com grande extensão territorial e numeroso contingente demográfico, tinha necessidade de complexa rede de estradas, aquedutos e edifícios públicos.

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                                                             Aqueduto Romano

No plano das edificações, os romanos introduziram o uso do arco, da abóbada e da cúpula. Outros empreendimentos foram os faróis, os portos, o abastecimento domiciliar de água e os sistemas de aquecimento para banhos.
Fonte: Wikipédia


Atividades:
1. Quais as principais mudanças sociais e tecnológicas ocorreram com o homem do período paleolítico para o neolítico?
2. Onde surgiram as primeiras civilizações?
3. Quais fatos marcaram o inicio da engenharia civil na Mesopotâmia?
4. Qual foi o papel dos sacerdotes nas primeiras cidades da humanidade?
5. Quais foram às três principais realizações tecnológicas da cultura mesopotâmica?
6. A economia egípcia se baseava na __________________, mas a _______________ do delta do Nilo desestimulou o desenvolvimento de uma tecnologia agrária de alto nível.
7. Quais foram às grandes realizações da tecnologia egípcia?
8. Como as grandes inovações das duas principais civilizações, Egito e Mesopotâmia, chegaram ao leste europeu e se cristalizaram na florescente cultura grega?
9. As principais realizações tecnológicas no domínio da engenharia grega foram ____________, _____________________ e pequenas _____________________.
10. Qual foi a importância da cidade de Alexandria para o conhecimento antigo?
11. A organização política, econômica e social de Roma conduziu a um tipo particular de tecnologia, a ela adequado, usou seus recursos tecnológicos para construir: 
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12. Descreva os feitos de engenharia civil dos Romanos:
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