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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Psicologia das massas

                               Análise da obra Psicologia das massas (Sigmund Freud).




        Criação de massas:


        Por definição “massas”, poderia ser um aglomerado de pessoas reunido em prol de uma causa ou não.


       E dependendo da causa de sua reunião e a extensão de seus atos, daria o inicio a um movimento social, a exemplo: o movimento feminista, movimento ecológico, movimento dos sem terras, movimentos raciais e tantos outros...

       Porem Freud em sua obra começa a analisar o individuo não mais no seu espaço singular, mas agora seu comportamento inserido em uma massa.

       E inspirado nas ideias e nos escritos de Le Bom, que afirma:

      “O que há de mais singular numa massa psicológica é o seguinte: Quaisquer que sejam os indivíduos que a compõem, por mais semelhantes ou dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência , a mera circunstancia de sua transformação numa massa lhes confere uma alma coletiva, graças a qual sentem, pensam e agem de modo inteiramente diferente do que cada um deles sentiria, pensaria e agiria isoladamente.”

         Na massa, o individuo é colocado em uma condição em que ele esta livre de qualquer recalcamento, ocasionando uma perda parcial ou total de “consciência moral”, fazendo com que o individuo volte aos seus instintos mais primitivos, segundo Le Bom, citado por Freud diz:

 ” Que o individuo inserido na massa pelo mero fato da quantidade, adquire um sentimento de poder invencível, que lhe permite entregar-se a instintos.”

     
        Próximo estágio do individuo na massa é o de contágio e o de sugestionabilidade, parece bem evidente que todo sujeito inserido em uma massa, ou seja, na multidão todo ato, todo sentimento é contagioso, e isso em grau tão elevado, que o individuo facilmente sacrifica seus interesses pessoais pelos interesses coletivo da massa.

         A massa é extraordinariamente influenciável e crédula, e desprovida de critica, para ela o improvável não existe, os sentimentos das massas são sempre muito simples e muito exagerados. Assim a massa não conhece nem a incerteza nem a dúvida.



Duas massas artificiais a igreja e o exército:


         Existem vários tipos de massas, com orientações e significações diferentes entre si, existem formação de massas muito fugazes e formação de massas duradouras, constituídas por indivíduos semelhantes, bastante homogêneas, massas naturais e massas artificiais, que para sua coesão requer uma coação externa. Também existe uma distinção entre massas com líder e massas sem líder.

         A igreja e o exército configuram o exemplo de massas artificiais, duradouras e altamente organizadas que empregam uma força externa para manter a coesão do grupo a qualquer custo.
         Geralmente estas massas não permitem nenhuma espécie de mudança em sua estrutura, pois entende que tal mudança poderia gerar certa desagregação das pessoas, para tanto elas seguem uma serie de normas e condutas, muitas vezes ocasionando certo julgo sobre seus seguidores, que na sua maioria não lhe é perguntado se gostaria de participar ou não.

         Por mais diferente que ambas possam ser a igreja e o exército, porem ambas funcionam a partir da mesma ideia estrutural, na igreja a ideia de chefe ou líder se da na pessoa de Cristo, que representa um irmão mais velho onde todos o respeitam e o obedecem, fazendo isto estão obedecendo ao pai, que ama a todos de igual modo, gerando um sentimento de pertencimento do individuo a grande família, que é a igreja, onde todos são irmãos e todos são amados pelo pai.

        No exército acontece da mesma forma, porem com uma estrutura interna mais hierarquizada onde todo soldado quer agradar seu general, mas o general não está sempre presente, portanto agradando o seu capitão é equivalente a agradar o general, agradar o tenente, o sargento e assim sucessivamente na cadeia de comando representa a mesma coisa que estar agradando o seu general.





Resumo e adaptação de trechos da obra “A psicologia das massas de Sigmund Freud”, por Cristiano Kaller.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Origem histórica do Carnaval

                                                           A Origem do Carnaval




          A origem do carnaval é desconhecida. Há os que atribuem a origem dessa festa aos cultos agrários realizados pelos povos primitivos a dez mil anos antes de Cristo. Quando esses povos com cânticos e danças celebravam as boas colheitas. Outros atribuem às festas em homenagem à deusa Ísis e ao Boi Ápis, no Egito antigo, ou ainda na Grécia e Roma antiga.
Na Grécia, o Carnaval foi oficializado, no século VII a.C., nas festas de culto a Dionísio, deus do vinho e dos prazeres da carne, em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção.  Essas festas incluíam orgias sexuais e bebidas.

          Na Roma antiga, as festas eram em honra ao deus, Saturno (as sartunálias), deus da agricultura e ao deus Baco (bacanais ou dionisíacas), chamado de Dionísio pelos gregos.
No século IV, com o advento do cristianismo, a Igreja tentou combater várias tradições pagãs, mas com o tempo foi forçada a consentir com essas práticas e, em 590, o Papa Gregório I, oficializou o carnaval no calendário eclesiástico. Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval passou a ser reconhecido como uma festa popular.

          Embora não haja certeza quanto à origem da palavra “carnaval”, sabe-se que surgiu entre os séculos XI e XII, e deriva do latim carnelevamen (tirar a carne), depois modificada para carne vale (adeus carne). Está ligada à tradição cristã, de não comer carne no período que precede a Quaresma (Paixão de Cristo). Nesse período todos os cristãos deveriam abster-se de carne por quarenta dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da páscoa, jejuar e fazer penitências. Portanto, o carnaval significava a possibilidade de fugir desses rigores, festejando em liberdade.


Carnaval no Mundo


         O carnaval é festejado em várias partes do mundo, em datas que variam de acordo com as tradições nacionais e locais, e sofreu mudanças ao longo do tempo. Na Europa, os mais famosos são: o carnaval da Itália, comemorado com bailes e desfiles de máscaras nas ruas, sendo o mais tradicional o carnaval de Veneza. Na Inglaterra o Carnaval de Notting Hill é a maior festa de Rua da Europa e disputa o posto de segundo Carnaval do mundo.

         Na América, temos o maior Carnaval do Caribe, em Port of Spain, Trinidad e Tobago que é uma mistura da festa tradicional dos colonizadores franceses com a cultura dos escravos africanos. Ritmos caribenhos, como o calipso, predominam. E o carnaval de Nova Orleans, EUA, festeja-se o carnaval principalmente de 6 de janeiro à terça-feira gorda (mardi gras em francês, idioma dos primeiros colonizadores de Nova Orleans, na Louisiana), com seus carros alegóricos e mulheres com seios expostos, é considerado o segundo maior Carnaval do mundo.


Carnaval no Brasil


         O carnaval brasileiro tem sua origem no entrudo português, que chegou ao Brasil no século XVII e se espalhou pelo país. O entrudo acontecia num período anterior à quaresma; uma brincadeira grosseira que consistia em lançar, água, farinha, pó de cal (que podia até cegar as pessoas atingidas), limões-de-cheiro (feitos ambos de cera), vinagre, vinho e outros líquidos sobre os outros foliões.

        No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, no Rio de Janeiro promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono português. Com o tempo o carnaval brasileiro, foi incorporando elementos dos carnavais que aconteciam na Europa, personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo e os bailes de máscaras.

         Em 1846, no Rio de Janeiro; surge a figura do Zé-Pereira, um sapateiro português, chamado José Nogueira de Azevedo Paredes, que introduziu o hábito de animar a folia ao som de zabumbas e tambores, em passeatas pelas ruas, como se fazia em sua terra. Mais tarde foram introduzidos o pandeiro, o tamborim, o reco-reco, a cuíca, o triângulo e as frigideiras.

        No final do século XIX, surgem os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os corsos, que tornaram-se bem populares no começo do século XX. Nos corsos, os foliões fantasiados, desfilavam pelas ruas das cidades em seus carros decorados, promoviam batalhas de confete e serpentina e lança-perfumes, e as mulheres dançavam sobre os automóveis conversíveis da época. Os corsos deram origem aos carros alegóricos.

       No século XX, o carnaval foi ganhando importância e se tornando mais animado com as marchinhas de carnaval. A primeira música composta especialmente para o carnaval foi à marcha rancho Ó Abre Alas de Chiquinha Gonzaga em 1899.

         As escolas de samba nasceram das rodas de samba das camadas pobres do Rio de Janeiro, formados em sua maioria por negros entre as décadas de 1920 e 1930.

       A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada em 1928, pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A Estação Primeira de Mangueira surgiu em 1929. A partir dai o carnaval de rua foi evoluindo e ganhando novo formato. Novas escolas de samba surgiram no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para escolher as melhores. Em 1932, o jornal Mundo Esportivo, promoveu o primeiro concurso de escolas de samba, que desfilaram na famosa Praça Onze.

          A partir da década de 1960 os desfiles das escolas de samba tornaram-se o centro das atenções do carnaval brasileiro, o samba e a marcha, foram trocados pelo samba-enredo.

           O carnaval pernambucano, especialmente em Olinda e Recife, é um dos mais animados carnavais de rua do país. Ao som do frevo, do maracatu, as agremiações de caboclinhos, e os clubes de frevo arrastam multidões. Os conjuntos de frevo mais animados são: Os Vassourinhas, Toureiros, Lenhadores e outros. Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações assim como o bloco carnavalesco Galo da Madrugada.

 Em Salvador. Ao som do trio elétrico com cantores famosos, surgidos na década de 1970, arrastam multidões de foliões. Destacam-se também os blocos afros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.

          Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, o chamado "carnaval fora de época" como o Fortal, em Fortaleza; o Carnatal em Natal; a Micaroa em João Pessoa; o Recifolia, em Recife; o Micaru, em Caruaru e outros mais.

  Comemorado de diversas maneiras em todo o Brasil, o carnaval representa importante atração turística.


Como é calculado o dia do carnaval?


           Esse cálculo foi estipulado para que não houvesse coincidência com o dia da Páscoa Católica e para que essa ela não ocorresse no mesmo dia da Páscoa Judaica. Assim, ela começa com o equinócio de primavera, no hemisfério norte, a partir dele é preciso saber em qual dia será a primeira lua cheia, pois a páscoa é comemorada exatamente no domingo depois dessa lua. Ou seja, sabe-se que a terça-feira de carnaval é aquela que antecede a Páscoa em 47 dias.






Simone Kaller

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Bruxas! O que são


                                                        Bruxas! O Que são?




         Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.

Alguns Fatos

       Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso chamado Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.
O Que Faziam
       As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte das Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.

Mitos e Lendas

       Diziam que as bruxas voavam em vassouras a noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são Bruxos/as, mas que utilizam a “Arte dos Sábios” ou a “Antiga Religião” mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.

A Verdadeira História

        A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a “Antiga Religião” mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.

       Em algumas regiões do Brasil o termo também pode ser usado para designar uma mariposa (traça em Portugal) grande e de coloração escura. Talvez por associar-se a imagem da borboleta a uma imagem humanóide feminina como as fadas e, assim, remeter a imagem da mariposa à de uma senhora de idade avançada, de vestes escuras e de hábitos noturnos – a bruxa.


Simone Kaller

Ilíada de Homero

                                                                         Ilíada



        História, Homero, personagens principais, temática, mitologia grega. A Ilíada é um poema épico cuja autoria é atribuída a Homero, poeta grego, do século VIII a.C. Nesta obra, o autor descreve a Guerra de Troia (entre gregos e troianos) em vinte cantos. Na Ilíada, Homero conta o penúltimo ano desta guerra, que durou dez anos.


        O nome do homem deriva do grego Ilion que significa Troia. Após sequestrarem a princesa grega Helena, os troianos são atacados pelos gregos. Após anos de batalha, os gregos conseguem vencer, após presentearem os troianos com um gigante cavalo de madeira (Cavalo de Troia). Dentro do cavalo havia centenas de soldados gregos que, de madrugada, saíram da barriga do cavalo e atacaram a cidade inimiga. Porém, vale lembrar que o episódio do cavalo de Troia não aparece nos cantos da Ilíada, mas apenas na Odisséia (outro poema de Homero), quando o herói Ulisses apresenta lembranças desta guerra.


       Esta obra é uma das mais importantes da antiguidade. Não retrata fielmente a guerra, pois foi escrita quatro séculos após o fato, mas é um ótimo relato histórico sobre a cultura, o comportamento e a vida cotidiana dos gregos antigos.Aquiles, Heitor, Ulisses e Agamenon são os principais personagens deste poema.


     Homero utilizou a cultura oral (histórias que o povo contava) para escrever esta obra.

     Principais personagens lendários que aparecem na Ilíada:

- Helena: esposa de Menelau foi sequestrada por Paris, um dos filhos do rei de Troia.
- Paris: filho do rei Príamo de Troia
- Menelau: rei lendário grego (esposo de Helena).
- Eneias: um dos mais importantes chefes militares de Troia.
- Aquiles: herói grego e principal guerreiro que participou da Guerra de Troia.
- Ulisses: herói lendário da mitologia grega.


Curiosidades:

-     Na Ilíada aparecem vários deuses e deusas gregas que atuam e interferem nas batalhas e outros eventos da Guerra de Troia. Enquanto uns ficam do lado dos aqueus (gregos), outros apoiam os troianos. Entre estes deuses e deusas, podemos citar: Hera (deusa do casamento e dos partos), Apolo (deus da beleza e perfeição), Atena (deusa da guerra e da sabedoria), Hefesto (deus da tecnologia, dos metais e do fogo) e Afrodite (deusa do amor e da beleza).

-    Além da Ilíada, é atribuída a Homero a obra Odisséia, onde é retratado o retorno dos gregos de Troia para a Grécia. Eles passam por diversas aventuras, enfrentando ciclopes, sereias e outros personagens da mitologia grega.




Simone Kaller

Mitologia grega




                                         Mitologia Grega – Cérbero o guardião do Hades.



Cérbero, (em grego, Κέρβερος – Kerberos ) Era o cão mitológico que guardava a entrada do Hades, após a travessia do terrível rio Stix. Estava lá para evitar que vivos adentrassem o mundo dos mortos, e se mesmo assim o fizessem impedi-los de sair a não ser que o próprio Hades permitisse. No entanto a mitologia esta cheio de histórias de heróis que realizaram tal feito.

SURGIMENTO


Cérbero era filho de Tifão e Équidna. Irmão de Ortro, Hidra de Lema, Quimera, Fix e Leão da Neméia.

FIGURA MITOLOGIA E CULTO

Mitologicamente Cérbero representa o guardião do submundo de Hades. (Alguns o chamam de cão do inferno, mas isto seria uma tradução incorreta, pois o Hades, não é a versão grega do inferno cristão). Mas sim ele era o guardião do submundo. Sua principal função era evitar que os vivos adentrassem o Hades. Ou Ainda que aqueles que lá estivessem não pudessem deixá-lo.

Para muitos mitólogos, Cérbero era a personificação do medo da morte. Temor este que a própria pessoa deveria vencer por si própria.

Existem alguns heróis que ousaram passar por Cérberos e adentrar o Hades. Dentre eles Herácles (Hércules, em romano) e Orfeu que adormeceu o cão utilizando a melodia de sua lira.


REPRESENTAÇÃO


Era descrito como sendo um cão de três cabeças, com serpentes cobrindo todo o dorso e pescoço e cauda de dragão. Também seria dotado de um latido de bronze. (O que poderíamos entender como um som grave ou forte, que assustaria aqueles que se atrevessem a passar por Cérbero.)
Hesíodo, o descreve em sua Teogonia, como tendo não somente três, mas sim cinquenta cabeças. Outros autores chegam a lhe atribuir cerca de cem cabeças. O mito pode variar de acordo com a época.


" Depois pariu o incombatível e não nomeável Cérbero carnívoro, cão de brônzea voz do Hades, de cinquenta cabeças, impudente e cruel. "


- Teogonia, A Origem dos Deuses - Hesíodo. -



Simone Kaller

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Monstros e monstruosidades na natureza humana

                                Monstros e Monstruosidades na natureza humana





       Estudo investiga relação entre as monstruosidades presentes na literatura e a natureza humana.

       Em 1831, quando Mary Shelley publicou a versão revisada de Frankenstein, ou o moderno Prometeu, talvez não tenha imaginado que a saga do seu personagem – um monstro construído artificialmente em laboratório – perduraria por tantos anos. Entretanto, quase dois séculos depois, ele permanece conhecido e se imortalizou como figura presente em filmes, desenhos animados e outras obras de ficção.

       Mas, afinal, o que tem esta criatura de especial? O que faz com que, ainda hoje, ele pareça tão atual? De acordo com os estudos desenvolvidos por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Letras (Fale) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o fascínio – e ao mesmo tempo aversão – que este e outros monstros fictícios exercem sobre as pessoas é justificável: eles são a própria representação dos medos e perigos presentes na experiência humana.

      Os trabalhos do grupo apontam que, ao corporificarem receios e horrores, os seres monstruosos ajudam a entender e organizar o caos da natureza e da humanidade. Modernamente, Frankenstein, por exemplo, pertenceria a uma linhagem de criaturas que explicitam, entre outras coisas, o mal-estar humano diante do desenvolvimento da ciência e do progresso tecnológico.

     O projeto da Fale teve início com uma pesquisa que o professor Julio Jeha desenvolvia sobre o mal na experiência humana e suas formas de representação na literatura, que originou o grupo Crimes, pecados e monstruosidades: o mal na literatura”. “Partimos do princípio de que o monstro é usado como artifício para representar o mal, tendo em vista a dificuldade que existe em falar sobre este tema”, conta.

     Segundo o professor, o conceito de mal é relativo em cada cultura, cada época, cada grupo de interesses. Da mesma forma, o “monstro” adquire formas diferentes – sexo, raça – dependendo das características do povo em questão. “Praticamente todas as culturas têm uma ideia de mal, mas ela varia de um povo para outro, então, trabalhamos com as suas formas de representação”, reafirma.

Do monstro à monstruosidade

       Julio Jera (2007) explica que, sendo o monstro uma metáfora do mal, o trabalho leva em consideração não mais as criaturas em si, mas suas monstruosidades. “Falamos daqueles atos monstruosos que as pessoas cometem. “Todos os grandes ditadores, como Stalin, Hitler, tinham algo de bom, mas cometeram atrocidades, atos de crueldade que foram além do que se esperava de um ser humano”, avalia. Ele destaca que o cerne da questão é a capacidade do homem de exceder o limite da maldade, e que a literatura é um bom campo para analisar isso.

       Frankenstein foi apenas um exemplo utilizado no trabalho. Enquanto a maioria das pessoas vê a criatura como uma metáfora contra a ciência ou sobre o “cientista maluco”, o professor pensa o contrário. “Procuro mostrar que Shelley fala é contra a falta de responsabilidade em qualquer ato e não contra a ciência, trata-se de uma metáfora contra o obscurantismo, além de ser também uma representação do remorso da autora com relação a atos da sua vida pessoal”, contesta.

      Segundo ele, o monstro é um vazio que se pode preencher com vários medos, acusações, castigos. Ele pode ser uma criatura, uma pessoa ou mesmo um lugar. A professora Mariângela Paraizo, uma das estudiosas, por exemplo, trabalha a ideia das cidades como sereias, relacionando-as também às sirenes, em uma metáfora da atração que os centros urbanos representam e da forma como eles “engolem” as pessoas, que quando ali chegam ouvem, em vez de canto, a sirene da polícia, da ambulância.

      Os extraterrestres – marcianos – também são lembrados nas pesquisas do grupo, como alusão, principalmente no período da guerra fria, ao ser humano desconhecido do outro. “Trabalhamos coisas bem díspares, para cobrir um escopo mais amplo. No romance de Cornélio Penna, “A menina morta”, focamos a mãe monstruosa, que deixa a filha morrer ou, por outro lado, gera uma filha monstruosa”, exemplifica.

Nascimento de um monstro

       A forma como um monstro surge em determinada cultura pode estar relacionada a aspectos diversos. Uma das abordagens trabalhadas pelos pesquisadores é a da utilização dessas criaturas como forma de obter a coesão do grupo. “Toda comunidade precisa ter união interna para agir contra um inimigo externo. Uma das maneiras mais fáceis de conseguir isso é usar a imagem do monstro”, explica Julio. Transformando o inimigo em monstro, é possível unir todos contra ele.

      O monstro pode ser resultado, ainda, de uma falha no conhecimento humano – tanto no sentido científico, quanto moral e social. Ou seja, aquilo que o homem não conhece ainda, tende a ver como monstruoso. Da mesma forma, a partir do momento em que se torna natural, passa a fazer parte da realidade das pessoas e deixa de ser monstro. “Aristóteles já dizia que encontrar uma galinha de duas cabeças é um prodígio, mas se existir outra igual, mais outra e um galo de duas cabeças e eles se reproduzirem, isso deixa de ser anormal e nasce uma nova raça que vai ser incorporada ao nosso conceito de real”, lembra Julio Jeha.

      Outra situação passível de ocorrer é o estado, a organização política, ficar tão grande que se transforme em um monstro. “Ele não dá espaço para o indivíduo respirar, a pessoa se perde, é massacrada”, explica. Em todos os casos, o professor destaca que o monstro é sempre caracterizado pela ideia de excesso, irreal e de anormal.

Evolução

     Julio Jeha reitera que, desde as primeiras figuras, dos relatos iniciais da atividade humana, sempre houve a ideia do monstro, tratado como o desconhecido, o inimigo, aquilo que é mau para o indivíduo. Esse conceito vem evoluindo, com o desenvolvimento de cada cultura. Para os romanos, ele era uma advertência dos deuses, uma forma de castigo, caso os homens se portassem de forma a quebrar o pacto estabelecido com as divindades. Também na mitologia grega, os monstros são punições enviadas pelos deuses.

     Já na Idade Média, os pecados capitais vão corporificar os monstros. Eles são alegorias religiosas: o vício, a gula, a ira são apontados como seres monstruosos. A seguir, com a chegada da Idade Moderna e das grandes descobertas, surgem dois novos propósitos. Um deles era ser o guardião de uma fronteira ou de algo valioso – sinalizar ali a existência do monstro inibia o acesso de outros. Outro seria explicar algo desconhecido.

     E hoje, a ideia do monstro perde sua faceta sobrenatural, para ser tratada como uma ocorrência médica. Na medicina, por exemplo, surge a teratologia, ligada ao estudo das monstruosidades. “As anomalias genéticas entram em cena e isso deixa de ser sobrenatural para ser científico”, conta Julio. “É claro que o monstro sobrenatural sempre vai existir na literatura de horror, mas vamos ter também o monstro moral, em personagens que se imortalizam, como Hannibal Lecter, de “Silêncio dos inocentes”, entre outros”.

Simone Kaller Flôr

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Thule sociedade secreta

                                                 Sociedade secreta Thule


        A Sociedade Thule – em alemão “Thule Gesellschaft” – ainda provoca enormes debates; uma vez porque ela, necessariamente, não seria um dos tentáculos no Nazismo, outras porque ela cresceu enormemente depois da ascensão de Hitler ao poder, sendo absorvida pelo regime totalitário. A Thule entrou para o rol das teorias conspiratórias a partir das suas estranhas práticas e funestos desejos de perfeição e ordenamento social, voltando-se para os povos germânicos pagãos. Por sua historiografia ser bastante extensa, cada historiador pensa de um modo a forma como a Sociedade Thule se insere no contexto do fazer histórico.


        Originalmente, a sociedade se chamava “Grupo de estudos para a Antiguidade alemã” – em alemão “Studiengruppe für germanisches Altertum” –, sendo um grupo secreto ocultista e “völkisch” fundado em Munique, cujo nome era uma referência ao país místico da mitologia grega. Vale ressaltar que quando dissemos que a Thule era “völkisch”, não estamos dizendo que ela fosse popular e atingisse todas as camadas da sociedade, mas sim que desejava transformar essas camadas para um modo diferente, “perfeito”, “digno da nação alemã”.

Contexto histórico...
      Desde a Idade Média, a região onde hoje se localizam a Alemanha, Áustria, República Checa e parte da Polônia era habitada por povos germânicos variados, que tinham enorme preconceito contra judeus, ciganos e eslavos. Portanto, desde o medievo a sociedade alemã – mesmo que não como nação unificada – achava-se amargamente prejudicada por essas etnias habitarem seus campos e produzirem em suas terras.

     Martinho Lutero, grande figura da Reforma Protestante no século 16, é um dos que mais pregava essa defesa da terra alemã para os alemães – agora, para ele, alemães protestantes – e chegou a publicar um livro intitulado “Sobre os judeus e suas mentiras”. No século 19, com o Positivismo Lógico e o Racionalismo Científico, surgiram sociedades que queriam, a todo custo, provar cientificamente a superioridade germânica frente às outras nações – principalmente porque a Prússia era uma das grandes potências da Europa desde o século 18, evidenciando o que acreditavam ser um possível sinal divino de superioridade.

      Portanto, podemos afirmar com toda certeza que a semente racista e xenofóbica do Nazismo é muito mais antiga do que poderíamos supor, sendo fruto da soberba germânica e prussiana frente às outras nações europeias, que desde o século 19 já falavam em “espaço vital para desenvolvimento”. Em seus escritos de 1900, por exemplo, Freud, médico judeu fundador da psicanálise, já citava que era prejudicado profissionalmente por o que ele chama de “questões sectárias”, ou seja, algum tipo de preconceito arraigado na sociedade austríaca que via desde o medievo o judeu e o cigano como possíveis ameaças, tentando remontar àquela sociedade germânica pré-cristã.



Voltando à Sociedade Thule...

       A sociedade foi notável principalmente na organização que patrocinou o Deutsche Arbeiterpartei (DAP), que posteriormente foi transformado por Adolf Hitler no Partido Nazista conforme o conhecemos. No entanto, não há nenhuma evidência direta de que Hitler tenha frequentado a Sociedade de Thule, mas existem referências da participação indireta dele tanto na Thule como na Vrill, esta última uma sociedade com objetivos parecidos à primeira.

      Alguns historiadores consideram como um fato consumado a participação direta de Hitler na Thule se tivermos atenção a uma leitura de documentos no Acervo Público de Berlim, que dizem, por exemplo: “Em Berlim, Haushoffer fundou a chamada Loja Luminosa, ou Sociedade Vrill. Seu objetivo era explorar as origens da raça ariana e realizar exercícios de concentração para ‘despertar as forças Vrill’ entre os adeptos. (...) A Loja incluía como membros Hitler, Aalfred, Rosemberg, Himmler, Göring e o médico pessoal de Hitler, Dr. Morell. Sabe-se, também, que Aleister Crowley e Gurdjieff buscaram contato direto com Hitler. (...) Temos certeza de que Hitler tinha contato direto com as técnicas psicológicas de Gurdjieff, que, por sua vez, foram baseadas nas técnicas dos sufis e nos tibetanos, misturando-as com técnicas da filosofia Zen”.


      Entre os historiadores e biógrafos há um desencontro de informações. Uns dizem que o Führer só usou e manipulou a Sociedade Thule para atingir os seus objetivos xenofóbicos e preconceituosos. Outros autores apontam que Hitler não só participou, como também chegou a ser grão-mestre na Thule, tendo participação extremamente ativa na sociedade secreta. Em um post anterior debatemos sobre o chamado “misticismo nazi”, que explanou um pouco de cada aspecto místico do Partido Nazista, que fazia com que ele se aproximasse da religião.

Contexto histórico da fundação e ação da Sociedade Thule...

      A Sociedade Thule foi fundada no dia 17 de agosto de 1918 por Rudolf von Sebottendorff , na cidade de Munique. O nome “Thule” é derivado de uma ilha mística da mitologia germânica e em pouco tempo começou a ganhar adeptos ao divulgar propaganda antirrepublicana e antissemita. De acordo com alguns historiadores e antropólogos, é possível identificarmos algumas causas para o sucesso da sociedade, dentre alguns:

(a) Fundada em 1918, ano do fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha saíra do conflito com uma dívida exorbitante, perdera territórios, o desemprego e a miséria batiam à porta das famílias e o Tratado de Versalhes impunha ao país vergonhosas exigências;
(b) Habitava no âmbito social germânico de que a Primeira Guerra fora perdida graças à “traição dos judeus, comunistas e republicanos”, que gostariam de mais uma vez dividir a “grande Alemanha” em pequenos países frágeis, que se tornariam Estados-fantoches;
(c) Desejo de uma parte da sociedade em voltar ao paganismo germânico e viking, revivendo os antigos cultos antes da cristianização do Norte da Europa, por volta do século 13, quando as práticas foram proibidas e muito da cultura e folclores germânicos e escandinavos foram perdidos com o tempo;
(d) Diante destes aspectos, era necessária a figura de um homem que poderia apagar este amargo passado da história alemã, revivendo o período de glória da Prússia, ao mesmo tempo que voltava a evocar uma “verdadeira cultura germânica”, distante da cultura ocidental, que é judaico-cristã e grecorromana. Seria ele o “Übbermensch”, ou “Super-homem” que transformaria a moral alemã em pouco tempo – e desse discurso que Hitler se aproveitara imensamente para proclamar-se este ser.


       Nos anos 30, período de seu auge, os membros da Thule diziam que ela existia há mais de 1.200 anos e que desde a sua fundação teve como objetivo a promoção das antigas tradições religiosas europeias, tais como o druidismo, a bruxaria, o wotanismo, o woragsmo, a asatru e a vanatru.

      Os membros da Sociedade Thule tiveram enorme importância para a transformação do Partido Alemão dos Trabalhadores em Partido Nazista. Teve membros dos escalões de topo do partido, incluindo Rudolf Hess e Alfred Rosenberg. O órgão de imprensa de propaganda da sociedade era o “Münchener Beobachter” (ou “Observador de Munique”), que mais tarde ganharia mais força transformando-se no “Völkischer Beobachter” (ou “Observador do Povo”), um dos jornais oficiais do Partido Nazista.

       Nos anos 30, a sociedade teve força gigantesca e se espalhou por todo continente europeu junto com as células nazistas, chegando a cruzar o oceano, formando grupos nos Estados Unidos, Argentina e Brasil. No nosso país as reuniões eram comuns no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, onde oficialmente atuou até 1969.


       Apesar da enorme força que despertava na sociedade européia anticomunista e anti-semita, Hitler temeu que a Thule fosse controlar o que somente ele gostaria de obter comando: a Alemanha. Com isso, quando proibiu as reuniões de sociedades secretas temendo a trama de um golpe de estado contra si, a Sociedade Thule não ficou imune e também passou à clandestinidade na Alemanha, mesmo pregando o mesmo “evangelho” que Adolf Hitler.

      Atualmente, a Thule está de volta em várias partes do mundo como grupos neonazistas que tentam a pureza cultural da Europa germânica. Em vários países ela atua com violência junto a outros grupos de skinheads, e no Brasil já foram identificadas novas células que creem nesta pureza e tentam praticá-la em uma nação fundamentada na mistura dos elementos negro, ameríndio e europeu; ou seja, uma situação impossível de ser aplicada. Resta a nós refletirmos sobre essas histórias do passado para que elas não morram, pois estaremos condenados a repeti-las.




Texto adaptado do site “Fato e Fofoca”, postado por Orlando Castor.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O capita Karl Marx

                                
                                  RESENHA DO LIVRO O CAPITAL DE KARL MARX 

                                                                        1º Parte




     Marx, é um excelente escritor no inicio o livro parece ser um pouco complicado, logo de inicio temos o tema mercadoria, um tanto difícil, mas logo depois temos a explicação de sua teoria sobre a mais valia, que é muito interessante.  

     A parte sobre a jornada de trabalho é a mais forte e sombria da obra, pela denúncia das jornadas de trabalho que beiravam à escravidão e da utilização do trabalho infantil. Pelos exemplos citados, vemos a situação terrível da classe trabalhadora na Inglaterra do século XIX.

    Marx sabe usar a ironia e ser sarcástico no momento certo. O livro contém inúmeras citações da David Ricardo, Shakespeare, Dante, Aristóteles e, principalmente, dos livros azuis ingleses que ele cita freqüentemente.

     Marx discute uma questão que poucos filósofos prestaram atenção durante a história da filosofia: como é formado o valor da mercadoria e do dinheiro. O filósofo alemão escreve com mão firme sobre um tema difícil, mas apaixonante. A base do pensamento de Marx é a dialética de Hegel, e a filosofia proposta por Marx é o materialismo histórico, que, em minha opinião, é uma filosofia com muito pouco apelo intelectual.

     Os diversos capítulos desse primeiro volume tentam estabelecer o valor do capital e a “metafísica” das mercadorias, que como Marx percebeu, possuem características e medidas de valores que não podem ser explicadas apenas racionalmente. O valor do uso e de troca das mercadorias são explicados por Marx com grande erudição. O filósofo foi muito influenciado por antigos pensadores da Grécia e por economistas ingleses.       
                                        
     Aristóteles é a grande referência quando se trata de filosofia. Marx não respeitava o idealismo platônico por ele achar que ele se adequava mais à especulação burguesa.
Em economia, Marx gostava muito de David Ricardo, e o cita freqüentemente. Mas a maior referência mesmo para os estudos de Marx são mesmo os livros azuis ingleses, que são a base para o filósofo criticar a situação do capitalismo inglês e as condições do proletariado desse país no século XIX.

    Será que Marx foi convincente em sua tentativa de compreender e explicar como funciona o mundo do capital? Essa é uma questão que sempre provocou polêmica. Muitos acusaram Marx de ter adulterado os dados dos livros azuis para legitimar a sua tese de que o capitalismo levava a maioria à miséria.

     O capitalismo e algumas de suas maiores falhas foram expostos como em nenhuma outra obra como O Capital. Tudo parece muito sinistro nas fábricas inglesas do século XIX. Homens, mulheres e crianças eram exploradas até a exaustão. Não há dúvida de que a denúncia de Marx ajudou ao capitalismo a se reformar e a abandonar certas práticas.

     Não esperem do livro o capital a discussão sobre questões metafísicas e de ontologia. O Capital está mais para um livro de sociologia. Para quem realmente quer ter conhecimento de filosofia, sociologia, economia e história, O Capital é um dos livros mais completos e apaixonantes da história. A influência do livro foi imensa, de forma destacada na Rússia, mas também nos partidos socialistas e de esquerda nos países do ocidente.

     A pergunta principal de quem lê esse livro é saber se Marx acreditava verdadeiramente que o capitalismo estava já em decadência, e o socialismo pronto para ser estabelecido nos países avançados. Marx acreditava, sim, que o capitalismo foi revolucionário por ter destruído o feudalismo e criado uma sociedade em que o dinheiro e o trabalho se tornaram fundamentais para definir os valores das pessoas. Sobre a questão do socialismo, quem espera alguma definição de Marx sobre isso, ou sobre a revolução, irá se decepcionar, pois essas coisas não são abordadas no livro.

      O estilo de Marx é agradável e seguro. O tema é realmente complexo, mas o livro é fundamental para quem é estudante de filosofia. Realmente é um livro excelente, que mistura filosofia, política e economia.



Resenha do site, filosofia, história e política de Felipe Pimenta.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Estratificação Social

                                                 Estratificação Social

       Por definição, estratificação social é a divisão estruturada de diversos grupos de pessoas, considerando sua profissão, etnia, religião, estado e gênero. Nas sociedades mais modernas surgem outras formas de estratificações tais como:

          Estratificação profissional: É atribuído aos diferentes graus de importância dados a certas profissões, o que acaba gerando certo “status” dependendo da profissão, por exemplo, damos mais significância à profissão de advogado do que a de pintor.
     
         Estratificação econômica: Esta baseada na posse e na quantidade de bens que um individuo possui, portanto havendo pessoas ricas, pobres e intermediárias.
       
         Estratificação política: Esta relacionada à condição de mando em uma sociedade, ou seja, existem grupos que detém o poder e grupos que não detém este poder.


         As divisões surgem na sociedade desde o momento em que os homens começam a viver em grupos, tribos e bandos. Nas sociedades mais primitivas cada membro do grupo tinha sua ocupação que estava diretamente relacionada a sua  idade e ao seu sexo.( Uma forma de divisão social mais arcaica ).


          Historicamente existem quatro tipos clássicos de divisões ( estratificação social).


ESCRAVISMO: Homens, mulheres e crianças subjugados em períodos de guerra eram trazidos como escravos para trabalhar nas cidades metrópoles dos exércitos vitoriosos existiam também o escravismo por divida, o tempo era determinado por cada cultura, poderia variar de três a dez anos.


Stratus superior             Benefício         stratus inferior      Mobilidade Social
Senhor de escravos       mão de obra          escravo                     inexistente






SISTEMA DE CASTAS:  Mais comum são os que foram adotados na Índia e no Japão, são muito antigos e remonta aproximadamente uns três mil anos, é um sistema  de divisão social baseado na hereditariedade, na religião, na cor, etnia e ocupação, ou seja, o seu lugar na sociedade é definido a partir do seu grupo de pertencimento ao nascer.
       As subdivisões mais comuns utilizadas na Índia eram os Brâmanes( casta sacerdotal superior a todas as outras).Xátrias ( casta intermediaria formada basicamente pelos guerreiros que se ocupam da segurança e da administração pública os Vaixas( casta dos comerciantes, camponeses, artesões) os Sudras(a casta dos inferiores, aqueles que faziam trabalho manual e servil). Os Parias são aqueles que não pertenciam a nenhuma casta, e vivem portanto, fora das regras existentes.


Stratus superior         Benefício       stratus inferior      Mobilidade Social
    Brâmanes           pureza étnica          párias                  hereditariedade




ESTAMENTOS: Sistema de divisão social adotado durante toda a idade média era basicamente dividido em nobreza, clero e súditos. De acordo com o Sociólogo Octavio lanni, no seu livro da teoria das estratificações sociais. “ a sociedade estamental é fundamentada nas relações recíprocas e hierárquicas com base na tradição, linhagem, honra e cavalheirismo e essas categorias predominavam no pensamento e na ação das pessoas, regulando as relações de poder e as relações de comércio.

Stratus superior         Benefício                 stratus inferior      Mobilidade Social
Senhor feudal    terra e força de trabalho         Súdito               hereditariedade




CLASSES SOCIAIS: Mais utilizado na sociedade contemporânea, baseado no poder aquisitivo do individuo, no Brasil, por exemplo, existe uma divisão em cinco classes sociais, que são:  classe A, classe B, classe C, classe D e a classe E. Cada classe representa um valor mensal de renda do individuo ou família. Sendo a classe “C” a classe que mais tem aumentado em nosso país nos últimos anos, em contra partida a classe “E” são os considerados  na faixa da miséria e pobreza extrema.

Stratus superior       Benefício               stratus inferior      Mobilidade Social
   Capitalista       meios de produção         proletário        competição mercantil





Cristiano Kaller.



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A origem do Mitos

                                                     A origem dos mitos



          Sua origem remonta a própria existência humana, período em que o homem se maravilhava com os fenômenos da natureza e não existia a ciência para explicar tais acontecimentos, desde um simples trovão até as mudanças climáticas próprias de cada estação do ano, era motivo de especulação para as primeiras civilizações.
          Surgem então os mitos “explicações fantasiosas para o desconhecido”, geralmente professas por um ancião, ou líder tribal, fato que legitimava  suas estórias e narrativas.
          Dentre as mitologias mais ricas, intrincadas e fascinantes está à mitologia Grega e todo seu panteon de deuses e divindades.

          Para explicar a finitude da vida, origem e destino, os gregos idealizaram as Parcas.

         PARCAS:

         Senhoras do destino, três irmãs responsáveis por tecer o fio de nossa existência, a mais velha CLOTOS, a fiandeira, tecia o fio da vida de todos os homens, desde o seu nascimento. LAQUÉSIS, a fixadora, determinava o tamanho e enrolava o fio , e a mais nova ÁTROPOS, e irremovível cortava-o , quando a vida que representava chegava ao fim.


       
       MORFHEUS: filho do sono, é encarregado de tomar a forma humana  e apresentar-se aos homens durante os sonhos, possui grandes asas e na sua mão uma papoula, planta com que faz os homens adormecerem.




          DESTINO: Filho da noite, obscuro e invisível, estende seus domínios sobre os homens e deuses e nenhuma divindade ousam mudá-lo, pois mudar o destino implica em romper a ordem do universo.


          A mitologia grega se tornou tão vasta e abundante que nós encontramos seus primeiros relatos escritos nas obras de Homero, 750 a.C, nos livros  Ilíade e Odisseia. Onde encontramos o relato da guerra de Tróía, a estória de Áquiles, París , Menelau e o próprio cavalo de Tróía, embuste utilizado pelos Espartanos para invadir a cidade murada de Tróía.
          Mas sua obra fica mais rica e cheia de personagens mitológicos, no final da guerra onde Ulisses e seus guerreiros tentam voltar para sua terra natal Ítaca, e acabam sofrendo uma serie de intervenções divinas, como o ataque do Krakem, os encantamentos das Sereias e o sequestro na ilha dos gigantes ciclopes.


Cristiano Kaller.







Movimento de Contracultura

                                                             Contracultura



       Contracultura é um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano, embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e do protesto político.

       O Festival de Woodstock foi um marco da Contracultura.


        A contracultura pode ser definida como um ideário alternador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões aceitas pelo mundo. Os principais movimentos de contracultura são a dos Hippes, dos Punk e dos SkinHead.









terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O perigo das ideologias

                                                    O PERIGO DAS IDEOLOGIAS



           A maioria das pessoas não sabe o real significado de uma ideologia, nem tampouco seu significado semântico, porém nossas ações do cotidiano estão norteadas por várias ideologias existentes na sociedade. Pois o sujeito em quanto ser social em suas relações com seu meio, se preocupa mais com o que os outros pensam sobre ele, do que ele mesmo pensa sobre si, a partir desta definição podemos dizer que somos condicionados a certos hábitos em sociedade, ou seja, de consumo de vestuário de ideologias entre tantos outros.

          A ideologia pode ser definida em três grupos:

1° No sentido etimológico da palavra “IDEOLOGIA”, significa estudo das ideias.

2° No sentido sociocultural significa a absorção de símbolos, valores, costumes, tradições que geram certo significado ao sujeito, ou grupo de pessoas em prol de uma causa, um motivo ou razão comum (sentido positivo).

3° No sentido marxista “ ideologia crítica”, são as contradições e os antagonismos encontrados entre a ideia principal que esta sendo vendida e o real motivo dela existir.

Ex:  Quando você diz a um operário, que se ele fizer hora extra, no final do mês seu salário irá aumentar isto serve de estimulo para que o mesmo trabalhe mais e eventualmente aconteça este rendimento financeiro. Porém a verdade por traz desta ideologia não seria que o operário ganha um salário incompatível com suas necessidades básicas e o correto seria ele ganhar um salário melhor para que não precisasse fazer horas extras? 

                                                                                                                          Cristiano Kaller.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Racismo, projeto escolar

                                                      RACISMO, Atividade escolar.



       A escola tem o papel de formar o aluno para o exercício de cidadania, do trabalho e continuar aprendendo ao longo da vida. Esta é a orientação da Lei de Diretrizes de Bases e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino no Brasil. Ampliar a cidadania é um dos objetivos principais que devem orientar o trabalho pedagógico, e por causa disso, a escola tem que buscar o desenvolvimento de competência e habilidades que permitam compreender a sociedade que vivemos. Mas esta sociedade deve ser entendida como uma produção “dinâmica” dos seres humanos, um processo permanente de construção e reconstrução. O entendimento deste desenvolvimento da cidadania também significa a capacitação para saber avaliar o sentido do mundo em que se vivem os processos sociais e o papel de cada um nesses processos.
       Portanto o papel da escola é buscar meios através de bibliografia sobre as questões étnicas e raciais, eleger o tema para discussão em grupo de estudos e fomentar a criação de cursos para que os professores, técnicos, alunos, ou melhor, a comunidade escolar como um todo, possa se aprofundar nas causas e consequências da dispersão dos africanos pelo mundo e abordar a História da África antes da escravidão. Enfocando as contribuições dos afro-descendentes para o desenvolvimento da humanidade. A questão racial é assunto de todos e deve ser conduzida para a reeducação das relações entre descendentes de africanos, de europeus e de outros povos. Só assim haverá o reconhecimento da existência, da necessidade de valorização e do respeito ao afro-descendente e a sua cultura dentro da escola.
        Toda Sociedade é construída a partir de suas heranças culturais, fatos que moldam e constroem valores, símbolos e significados. Não sendo diferente a nossa sociedade foi construída em cima de alicerces e pilares racistas e preconceituosos, tornando-se evidente tal preconceito logo após a abolição da escravatura no Brasil, onde ex-escravos ou afro-descendentes foram deixados a sua própria sorte. Segundo Florestan Fernandes em sua pesquisa realizada em 1951, logo os Afro-descendentes e ex-escravos entenderam que a sua ascensão social somente seria possível através da educação.
          Surge então mais um obstáculo para os Afro-descendentes o preconceito e o racismo dentro das escolas, que na sua grande maioria mantém-se neutra sobre o assunto, ou finge que no seu estabelecimento não acontece, com isso reproduzindo práticas que são o           reflexo de nossa herança cultural.
          Na escola onde sou docente se limita apenas a cumprir a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, tornando obrigatório o ensino sobre História e Cultura Africanas e Afro-brasileiras nos estabelecimentos de educação Básica, oficiais e particulares.
           Cabendo aos professores das disciplinas de História e de Geografia trabalharem o tema, porém sabemos que muitos professores não têm a oportunidade de fazer um curso de qualificação voltado para relação étnico-racial, por esse motivo os mesmos deixam a desejar quando se trata da temática em questão, e muitas vezes, por falta de preparo ou por preconceitos introjetados, alguns professores não sabem se aproveitar das situações flagrantes de discriminação racial na escola. Há momentos pedagógicos privilegiados para discutir a diversidade e conscientizar alunos sobre sua importância e riqueza, onde o objetivo de todos é dar sua contribuição e ajudar nesse processo transformador tão necessário e urgente.
         Num primeiro momento o interessante seria lançar um projeto: Respeito à diversidade na escola. Que funcionaria da seguinte forma:
Objetivos.

- Geral Estimular intervenções individuais e coletivas contra atitudes preconceituosas.
- Para a equipe diretiva e a coordenação pedagógica Criar condições necessárias para que as ações sejam realizadas.
- Para os professores Definir conteúdos, atividades e abordagens metodológicas que tratem a cultura negra de modo transdisciplinar.
- Para os alunos Compreender a diversidade étnico-racial e respeitá-la.
- Para os funcionários Participar de ações educativas que visam melhorar o comportamento de todos com relação à diversidade.
- Para os pais Colaborar com as ações propostas pela escola e, assim, desenvolver atitudes de respeito à diversidade étnica e racial.

Conteúdos de Gestão Escolar
- Administrativo Levantamento dos perfis dos alunos, elaboração de questionários, tabulação dos dados e organização de atividades.
- Comunidade Estímulo à reflexão sobre o tema.
- Aprendizagem Estudo da cultura afro brasileira e das semelhanças e diferenças entre grupos étnicos existentes na escola. Elaboração de estratégias de combate à discriminação para a formação continuada dos professores.

Tempo estimado
Um ano.

Material necessário
Livros didáticos e de literatura, filmes, murais, sequências didáticas, caderno de anotações compartilhado entre todos, questionários de diagnóstico, acompanhamento e avaliação.

Desenvolvimento
1ª etapa Diagnóstico
Com base nas fichas de matrícula dos alunos e entrevistas iniciais feitas com os pais, prepare um levantamento do perfil dos alunos da escola. Reserve um horário de formação para apresentar aos professores esse material e leve também os relatos das atitudes preconceituosas observadas na escola sem dar nomes nem fazer julgamentos. Peça que todos respondam a um questionário com perguntas sobre a cultura negra e o modo como o racismo se manifesta. Todas as informações devem ser tabuladas e servirão de base para o planejamento pedagógico.

2ª etapa Participação dos funcionários 
Todos devem ser envolvidos no projeto desde o início. Marque uma reunião com os funcionários do serviço de apoio para falar sobre o trabalho que será desenvolvido na escola. Afirme que a participação deles é fundamental para que a escola se torne um lugar de respeito à diversidade. Peça que os diferentes grupos de funcionários escolham uma maneira de participar e elaborem uma ação pontual sobre o tema. No CMEB Mário Leal Silva, cada grupo ganhou um mural para desenvolver o trabalho. As merendeiras, por exemplo, preencheram o espaço com receitas africanas que passaram a preparar na cantina.

3ª etapa Envolvimento dos pais
As perguntas a respeito do racismo na escola devem ser feitas também aos pais para que eles relatem situações nas quais eles ou os filhos vivenciaram situações discriminatórias. Mande um questionário para que eles respondam em casa. Tabule os resultados e exponha-os em uma reunião do Conselho Escolar, onde todos podem debater o assunto e pensar em maneiras de evitar que atitudes preconceituosas voltem a ocorrer. Pelo menos duas vezes ao ano, promova um encontro de pais e peça que cada um traga elementos de sua cultura (como objetos de artesanato) para que sejam compartilhados com o grupo. Discuta a responsabilidade que todos têm na manutenção de um convívio sem preconceitos e exponha as ações que a escola desenvolve contra a discriminação.

4ª etapa Encontros de estudo
Com a análise dos diversos questionários que foram feitos, agende reuniões com a equipe pedagógica para discutir um plano de trabalho e elaborar propostas. No início, apresente um trecho de um filme que tenha alguma situação de preconceito. No CMEB Mário Leal Silva, a diretora, Mônica Louvem, apresentou O Triunfo, que trata da hostilização contra alunos pobres e negros e das ações de um professor para mudar isso. Debata as soluções encontradas pelo personagem. O objetivo é fazer com que o grupo formule sugestões para serem colocadas em prática. Devem surgir algumas ideias, como eleger um dia da semana para o estudo de diferentes culturas - africana, européia, oriental ou indígena - ou ainda promover momentos de leitura em conjunto com alunos e funcionários para a compreensão da diversidade étnica.

5ª etapa Definição de conteúdos disciplinares
Sob a orientação do coordenador pedagógico, os professores devem introduzir conteúdos ligados à cultura africana no planejamento das aulas, como a leitura de textos e a análise de pinturas e desenhos e a posterior produção (que pode ser exposta nos murais da escola). Outra sugestão é oferecer atividades pedagógicas no contraturno.

6ª etapa Documentação e acompanhamento 
A equipe de gestão deve acompanhar de perto as atividades. Ao longo do projeto, os relatos de pais, funcionários e professores devem ser registrados em um caderno de anotações que será compartilhado entre todos. Os alunos podem documentar as medidas que consideram importantes para combater o preconceito. Sempre que houver manifestações de racismo, é importante fazer uma reunião com os envolvidos - sejam eles professores, pais, funcionários ou alunos. O diálogo entre as partes, com intermediação de uma terceira pessoa, é a melhor solução para os problemas de discriminação.

Avaliação
As atitudes preconceituosas devem diminuir na escola. Ao fim de um período, toda a comunidade pode responder a um novo questionário: que contribuições o projeto está trazendo para o trabalho e o cotidiano? Que mudanças foram observadas? Quais atividades você considera de maior relevância? As respostas servirão de orientação para novas práticas.
           Atividades como gincanas, filmes documentários, leituras dinâmicas e até mesmo feiras poderiam ser realizadas na escola gradativamente no período anual, pois o preconceito surge de duas formas diferentes ou por herança ou por medo do desconhecido, cabe ao papel da escola desconstruir esta herança negativa de ódio, racismo e preconceito, para tanto nada melhor do que mostrar e ensinar aos alunos nossas verdadeiras origens, a contribuição da população africana na construção de nosso país e na formação de nossa composição étnico-racial, através da miscigenação de raças e sua contribuição no campo religioso, atualmente tão difundidas e que fazem parte do nosso cotidiano.
          Acredito que tais medidas ajudariam a combater o racismo e iriam contribuir na promoção da diversidade cultural em nossas escolas.


                                                                                                    Cristiano kaller e Simone kaller.

O milagre da filosofia



                                                    O milagre da Filosofia


       Várias causas levaram ao surgimento da filosofia como ciência, podemos citar uma das principais o surgimento de uma nova dinâmica social.

      Com o aumento da população, no Mundo Antigo, lá pelo oitavo século antes de Cristo, principalmente em torno das grandes civilizações que se localizavam nos vales férteis dos grandes rios históricos, como Rio Nilo, o Tigre, o rio Eufrates, o Ganges, a vida por assim dizer começa a sofrer alterações significativas no seus “modos operantes”.

       Novas estruturas sociais começavam a surgir, estratificadas em cidades, impérios, reinos, organizadas agora por leis, normas e regras, as pessoas sofriam o impacto dessa nova dinâmica social, porem em contra partida o homem começa gradativamente se libertar do contato direto com a natureza e começa a desenvolver sua inteligência e até mesmo criar suas explicações não mais baseadas nas tradições mitológicas ou nas forças divinas como causa final de todos os fenômenos.

       E para estas novas explicações recorreu apenas à razão e a lógica, surgindo então o pensamento filosófico.
       Outro fator importante foi o período de contradições, onde vários grupos humanos entraram em contato entre si e suas culturas acabaram difundindo-se. Então puderam perceber que o mesmo fato era explicado por vários mitos diferentes e na maioria das vezes diferentes dos seus. Para cada grupo havia um mito diferente explicando os fenômenos da natureza.


Cristiano Kaller.