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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Psicologia das massas

                               Análise da obra Psicologia das massas (Sigmund Freud).




        Criação de massas:


        Por definição “massas”, poderia ser um aglomerado de pessoas reunido em prol de uma causa ou não.


       E dependendo da causa de sua reunião e a extensão de seus atos, daria o inicio a um movimento social, a exemplo: o movimento feminista, movimento ecológico, movimento dos sem terras, movimentos raciais e tantos outros...

       Porem Freud em sua obra começa a analisar o individuo não mais no seu espaço singular, mas agora seu comportamento inserido em uma massa.

       E inspirado nas ideias e nos escritos de Le Bom, que afirma:

      “O que há de mais singular numa massa psicológica é o seguinte: Quaisquer que sejam os indivíduos que a compõem, por mais semelhantes ou dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência , a mera circunstancia de sua transformação numa massa lhes confere uma alma coletiva, graças a qual sentem, pensam e agem de modo inteiramente diferente do que cada um deles sentiria, pensaria e agiria isoladamente.”

         Na massa, o individuo é colocado em uma condição em que ele esta livre de qualquer recalcamento, ocasionando uma perda parcial ou total de “consciência moral”, fazendo com que o individuo volte aos seus instintos mais primitivos, segundo Le Bom, citado por Freud diz:

 ” Que o individuo inserido na massa pelo mero fato da quantidade, adquire um sentimento de poder invencível, que lhe permite entregar-se a instintos.”

     
        Próximo estágio do individuo na massa é o de contágio e o de sugestionabilidade, parece bem evidente que todo sujeito inserido em uma massa, ou seja, na multidão todo ato, todo sentimento é contagioso, e isso em grau tão elevado, que o individuo facilmente sacrifica seus interesses pessoais pelos interesses coletivo da massa.

         A massa é extraordinariamente influenciável e crédula, e desprovida de critica, para ela o improvável não existe, os sentimentos das massas são sempre muito simples e muito exagerados. Assim a massa não conhece nem a incerteza nem a dúvida.



Duas massas artificiais a igreja e o exército:


         Existem vários tipos de massas, com orientações e significações diferentes entre si, existem formação de massas muito fugazes e formação de massas duradouras, constituídas por indivíduos semelhantes, bastante homogêneas, massas naturais e massas artificiais, que para sua coesão requer uma coação externa. Também existe uma distinção entre massas com líder e massas sem líder.

         A igreja e o exército configuram o exemplo de massas artificiais, duradouras e altamente organizadas que empregam uma força externa para manter a coesão do grupo a qualquer custo.
         Geralmente estas massas não permitem nenhuma espécie de mudança em sua estrutura, pois entende que tal mudança poderia gerar certa desagregação das pessoas, para tanto elas seguem uma serie de normas e condutas, muitas vezes ocasionando certo julgo sobre seus seguidores, que na sua maioria não lhe é perguntado se gostaria de participar ou não.

         Por mais diferente que ambas possam ser a igreja e o exército, porem ambas funcionam a partir da mesma ideia estrutural, na igreja a ideia de chefe ou líder se da na pessoa de Cristo, que representa um irmão mais velho onde todos o respeitam e o obedecem, fazendo isto estão obedecendo ao pai, que ama a todos de igual modo, gerando um sentimento de pertencimento do individuo a grande família, que é a igreja, onde todos são irmãos e todos são amados pelo pai.

        No exército acontece da mesma forma, porem com uma estrutura interna mais hierarquizada onde todo soldado quer agradar seu general, mas o general não está sempre presente, portanto agradando o seu capitão é equivalente a agradar o general, agradar o tenente, o sargento e assim sucessivamente na cadeia de comando representa a mesma coisa que estar agradando o seu general.





Resumo e adaptação de trechos da obra “A psicologia das massas de Sigmund Freud”, por Cristiano Kaller.

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